SAÚDE EM ALERTA - 27/12/2021 14:02

Aumento de casos de Influenza provocados pelo vírus H3N2 acende alerta para epidemia no Brasil

Segundo cientistas da Fiocruz, disparo dos casos de Influenza é consequência da baixa adesão à vacina
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Os casos de gripe provocados pelo vírus da variante A (H3N2) da Influenza vêm aumentando consideravelmente desde outubro no Brasil. A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) atribui o fenômeno ao baixo índice de imunização contra a doença, que tem características similares à Covid-19.

De acordo com a Fiocruz, a A(H3N2) é propensa a tornar-se uma epidemia sazonal em diversas regiões do planeta se não for controlada. Além disso, a doença pode provocar casos graves.

Neste trimestre, secretarias de saúde de pelo menos 11 estados entraram em alerta para a doença. Combinada com a pandemia de coronavírus, os hospitais podem novamente colapsar.

Os sintomas e cuidados são parecidos com os da Covid-19. É possível que o paciente sinta febre alta, tosse, garganta inflamada, dores na cabeça, corpo e articulações, sensação de frio e tremores, além de cansaço.

Os brasileiros já são orientados para a prevenção: distanciamento social, evitar aglomerações, uso de máscaras e higiene pessoal das mãos com sabonete, água e álcool gel.

A Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) confirmou 33 casos de Influenza em Santa Catarina, sem nenhum óbito. O órgão emitiu alerta para todos os municípios catarinenses.

A cepa Darwin foi identificada pela primeira vez no mundo na Austrália e, no Brasil, no Rio de Janeiro, pela Fiocruz. Deste então, o índice de contágio aumenta no país.

Como se proteger

O médico infectologista Martoni Moura ressalta que as medidas de proteção contra a A H3N2 é a mesma contra a Covid-19, uso de máscaras, higiene frequente das mãos e distanciamento além de evitar aglomerações. Ambos os vírus tem as mesmas vias de transmissão.

“É algo inesperado, porque em pleno verão temos um surto de Influenza que é a Variante H3N2, para qual não temos ainda a vacina atualizada, ou seja, ainda não temos a vacina que nos protege dessa cepa. E como sabemos, a gripe mata todo ano pessoas acometidas, principalmente os idosos, pessoas com doenças imunossupressas e ou outras comorbidades”, explica Martoni.

Além das medidas de prevenção que já conhecemos, a hidratação é uma ótima aliada, como explica o médico. “Essas são medidas importantes a serem executaras, e manter uma boa hidratação, principalmente agora com elevação de temperatura no verão. Procurar manter dieta saudável, e uso regular dos medicamentos para aqueles que tem comorbidades pré diagnosticadas”, salienta.

Cuidados nas festas de fim de ano

Com a proximidade do Réveillon, é natural que as pessoas se reúnam mais, o que exige mais cuidado das pessoas, como evitar aglomerações, ambientes sempre bem ventilados e não descuidar do uso de máscara.

Para Martoni, essa época do ano pode desencadear um aumento desenfreado da gripe e variantes da Covid-19. “Vivemos em um momento delicado da pandemia de coronavírus, numa fase final dela, onde as pessoas estão relaxando as medidas, e relaxando na busca e atualização do seu cartão vacinal, como se estivéssemos já numa vida normal. E ainda não vencemos a pandemia”, pondera.

“E ainda por cima , aparece um vírus da gripe, sem vacina ainda em pleno verão, o que nos leva a termos duas causas de infecções que podem levar a Síndrome Respiratória Aguda Grave. Riscos de mais mais pessoas adoecerem, mais pessoas lotarem serviços de saúde, e possivelmente termos óbitos por doenças evitáveis”, completou o médico.

Fonte: ND+
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