Ursos de pelúcia estão entre as preferências das crianças e os olhos chegam a brilhar quando elas se deparam com aquelas máquinas para “pescar” ursinhos. As máquinas são comuns em lojas, shoppings e até mesmo praças, mas em Santa Catarina, elas viraram alvo de investigação. A Polícia Civil apura uma fraude apontada pelo IGP (Instituto Geral de Perícias) após uma apreensão em agosto de 2020, em Joinville, no Norte do Estado.
A investigação que iniciou no ano passado chegou, agora, ao Ministério Público de Santa Catarina, depois que o Procon SC denunciou a fraude ao órgão. Segundo o laudo produzido pelo IGP, o aparelho que foi apreendido em Joinville foi configurado para programar um vencedor a cada 22 jogadas.
A máquina tinha uma placa eletrônica que fazia a grua fechar uma vez a cada 22 tentativas, configurando assim o equipamento como jogo de azar, o que é proibido no país. No entanto, o IGP não conseguir precisar se o aparelho vinha com a programação de fábrica ou era reconfigurado pela empresa que alugava o equipamento para disponibilizar ao público.
A estimativa do Procon SC é de que cerca de 20 mil equipamentos sejam utilizados em todo o Estado, o que gera uma arrecadação de até R$ 12 milhões por dia. “As máquinas, além de ilegais, ferem o direito do consumidor, uma vez que elas obtêm vantagem manifestamente excessiva sobre eles, o que é condenado pelo Código de Defesa do Consumidor”, ressalta o diretor do Procon do Estado, Tiago Silva.
O documento do Procon foi enviado ao Ministério Público e ao delegado-geral da Polícia Civil, pedindo celeridade na investigação, a fim de evitar novos golpes.
Máquina foi apreendida em 2020 e passou por perícia que apontou irregularidade – Foto: IGP/Reprodução
