Festa da Virada - 31/12/2021 09:42

Fogos de artifício assustam animais domésticos e silvestres; entenda os motivos

Médicos veterinários alertam para os perigos relacionados aos fogos de artifício nesta época do ano; veja recomendações para cuidar de seus bichinhos
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Todos os anos o mesmo problema: no Réveillon, donos de animais de estimação ficam preocupados com seus bichinhos durante a queima de fogos que acompanha a virada de ano. Mas você sabe por que os cães e os gatos sentem tanta sensibilidade auditiva em momentos assim?

No caso dos cães, eles possuem a capacidade auditiva maior do que a dos humanos. Sendo assim, barulhos acima de 60 decibéis causam estresse físico e psicológico nos bichinhos, conforme informações do CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária).

O ouvido dos cães percebe uma frequência de sons maior do que os humanos, podendo detectar barulhos quatro vezes mais distantes do que nós. Assim, a queima de fogos associada a barulhos de explosões, é desesperador para os bichinhos silvestres e domésticos.

“Esse é um problema seríssimo”, diz o médico-veterinário Daniel Prates, proprietário de uma clínica no Distrito Federal. “Já atendi um cão que atravessou uma vidraça [durante a queima de fogos]. Chegou aqui cheio de cacos de vidro enfiados na região de rosto, peito e pescoço. Por sorte não cortou a jugular ou entrou vidro nos olhos”, conta.

Ele diz que já atendeu também um cachorrinho que morreu infartado por conta dos fogos. Por isso, Prates adverte para os riscos de fuga do animal e também de acidentes relacionados. Ele indica que os donos de animais muito sensíveis deixem os bichinhos a vontade em seus entornos.

“Se forem presos sozinhos ou deixados do lado de fora da casa pode ocorrer acidentes horríveis”, diz o médico.
Fobia pode ser desenvolvida quando filhotes

A médica-veterinária Kellen Oliveira, presidente da Comissão de Bem-Estar Animal do CFMV, diz que muitos filhotes sofrem erros de sociabilização quando nascem. O período que vai de 21 a 90 dias após o nascimento dos cães e dos gatos é quando eles desenvolvem fobias, principalmente relacionadas aos sons altos.

“Para isso, alguns animais devem passar por um processo de dessensibilização ou contracondicionamento. E muitos que infelizmente não passam por esse processo podem vir a óbito por vários motivos. Aos tutores que sabem que seus animais têm fobia a ruídos a gente pede uma atenção especial agora no final do ano”, orienta.

Dicas

Algumas técnicas podem ser utilizadas para amenizar o sofrimento dos animais, diz Kellen Oliveira. Entre elas estão:

- Manter o animal identificado, com placa na coleira contendo número de telefone e e-mail do responsável, para casos de fugas;

- Preparar um ambiente acolhedor para o animal, que abafe os sons;

- Não deixar os pets em sacadas, perto de piscinas ou acorrentados;

- Passarinhos em gaiolas também devem ser protegidos;

- Não deixe comida à vontade para o animal. Alimentá-lo uma vez ao dia e preparar lanches para entregar a ele na hora de maior intensidade dos fogos pode ser uma opção para acalmar o bichinho;

- Se o animal ficar estressado, desesperado ou tenha convulsões, remédios calmantes são uma opção quando prescritos pelos veterinários.

Fonte: ND+ com Agência Brasil
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