A SES (Secretaria de Estado da Saúde) confirmou 13 novos casos da variante Ômicron em Santa Catarina no início da noite desta segunda-feira (3).
São novos 12 casos em Florianópolis e outro que ainda está em investigação quanto ao município de residência do paciente. Agora, o Estado já conta com 54 casos confirmados da variante.
Os casos foram identificados pelo Lacen/SC (Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina), através da técnica RT-qPCR de inferência, e confirmados por sequenciamento genômico realizado pela FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz). Outros 178 testes seguem aguardando resultado.Confira o número de casos confirmados por cidade:
Balneário Camboriú (1);Biguaçu (2);
Camboriú (1);
Florianópolis (42);
Jaraguá do Sul (1);
Palhoça (2);
Santo Amaro da Imperatriz (1);
São Francisco do Sul (1);
São José (2);
em investigação (1).
Transmissão comunitária
A SES já havia confirmado a transmissão comunitária do vírus na última semana. Isso significa que já não é possível identificar a origem da infecção.Ou seja, a variante está circulando no Estado e a transmissão ocorre independentemente das pessoas terem viajado ou terem tido contato com outras pessoas que viajaram recentemente, explica a nota do governo.
“A SES orienta que a população reforce os cuidados sanitários básicos para evitar a transmissão da Covid-19, com o uso de máscara, o distanciamento social, a higienização constante das mãos com água e sabão ou então com uso do álcool em gel 70% e a manutenção dos ambientes arejados. Além disso, orienta que o esquema vacinal contra a doença seja concluído”, reforça.
Ômicron é o vírus com propagação mais rápida da história
A variante Ômicron pode ser o vírus de propagação mais rápida da história, de acordo com o médico infectologista norte-americano, Roby Bhattacharyya, do Hospital Geral de Massachusetts.A nova cepa é dominante em vários países do mundo e está levando à explosão do número de casos de Covid-19. Bhattacharyya alertou que é “uma propagação incrivelmente rápida”.
O médico e pesquisador fez um cálculo entre a Ômicron e o sarampo, um dos vírus mais contagiosos. Ele concluiu que, num cenário de ausência de vacinação, um caso de sarampo daria origem a mais 15 casos em apenas 12 dias.
Já um caso de Ômicron daria origem a 216 casos no mesmo período. A estimativa significa que, em 35 dias, a Ômicron poderia atingir 280 mil pessoas, enquanto o sarampo afetaria 2.700.No entanto, num cenário em que a maioria da população está vacinada ou já teve Covid-19, o especialista estima que um caso de Ômicron dê origem a apenas mais três casos, número semelhante ao do vírus original, ausente de mutações.
Casos de “flurona” também preocupam Santa CatarinaSanta Catarina investiga em torno de 10 casos de “flurona”, confirmou o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, em entrevista ao ND+ na tarde desta segunda-feira (3).
A “flurona” é uma dupla infecção da Covid-19 e pela influenza H3N2. “Estamos investigando. Os casos estão em andamento no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública), estamos validando os resultados preliminares para poder tornar isso público”, revela o chefe da pasta.
As cidades onde foram identificados os casos e o prazo para os resultados saírem não foram revelados. Flurona é uma designação definida a partir dos termos “flu” (gripe, em inglês) e “rona” (de coronavírus).“É uma situação que nos preocupa, já temos casos da Ômicron sendo investigados e agora temos esse fato novo. Os sintomas são similares, precisamos ficar atentos e identificar as regiões de maior risco”, reforça Motta Ribeiro.
O secretário reforça que a população deve se vacinar contra o vírus Influeza e contra a Covid-19. “Vacinados correm risco menor de adoecer”, explica.