Governo antecipou chegada de doses | Foto: Sandro Araújo / Agência Saúde / Divulgação
O Ministério da Saúde anunciou que o governo federal conseguiu antecipar em três dias a chegada de 1,8 milhão de doses da vacina pediátrica da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19. Segundo o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, as vacinas que estariam no país no dia 27 devem ser entregues na próxima segunda-feira (24).
"Entrega antecipada! 1,8 milhão de doses pediátricas que estavam previstas para ser entregues dia 27 agora estarão em solo brasileiro já no dia 24. Ganhamos três dias e vamos seguir firmes com a campanha de vacinação", escreveu o secretário-executivo em uma rede social, nesta segunda-feira (17).
Até o momento, o Brasil recebeu da Pfizer 2,4 milhões de doses infantis do imunizante contra a Covid-19. As vacinas foram entregues na quinta-feira (13) e no domingo (16).
De acordo com Rodrigo Cruz, no início de fevereiro, o Brasil deve receber um novo carregamento de vacinas pediátricas. Segundo ele, a previsão é de que essas vacinas cheguem no dia 3. "Depois desse terceiro lote, aguardamos uma nova remessa no início de fevereiro, mais 1,8 milhão de doses para imunizar a faixa etária de 5 a 11 anos."
Após o anúncio na rede social, o secretário-executivo conversou com jornalistas em frente ao Ministério da Saúde e disse que a pasta negocia com a Pfizer/BioNTech novas antecipações na entrega de doses pediátricas. "A gente trata isso diariamente com o laboratório. É uma luta do ministério e da Pfizer Brasil para uma melhor alocação para o país para impulsionar o calendário de vacinação", destacou.
Pedido do Butantan
A campanha de vacinação em crianças de 5 a 11 anos de idade teve início na sexta-feira (14). Até o momento, apenas a vacina produzida pela Pfizer/BioNTech está autorizada a ser aplicada no público infantil, mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estuda um pedido do Instituto Butantan para o uso da CoronaVac em crianças e adolescentes de forma emergencial.
Nesta segunda, a agência se reuniu com especialistas do Butantan para analisar as documentações apresentadas pelo instituto.
Segundo a Anvisa, por se tratar de uma solicitação de autorização de uso emergencial, a decisão é tomada pela Diretoria Colegiada, com base em subsídios apresentados pela Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos e pela Gerência de Farmacovigilância (GFARM). Cada diretor elaborará seu voto e, caso haja maioria simples para a aprovação, o uso emergencial será concedido.
Sobre a possibilidade de uso da CoronaVac, Rodrigo Cruz comentou que, caso a Anvisa autorize o uso da vacina, o ministério tem algumas doses do imunizante no centro de distribuição de Guarulhos que podem ser enviados aos estados e municípios de forma imediata.
"Precisamos apurar quanto a gente tem com os estados e no centro de distribuição. E aí depois fazer a distribuição, caso seja aprovado pela Anvisa para crianças", observou.