O homem acusado de matar o cunhado a facadas na Grande Florianópolis, em 21 de agosto de 2019, foi sentenciado a pena de 27 anos e seis meses de reclusão, iniciando em regime fechado. A sentença foi decretada sob a relatoria do desembargador Carlos Alberto Civinski, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
O crime aconteceu após uma briga familiar, depois das 21h. Naquela noite, o homem teria ameaçado explodir o carro de sua companheira com um dispositivo elétrico, e disse para ela que a situação seria pior se ela chamasse a polícia. Na sequência, ele saiu de casa.
A mulher, com medo, foi passar a noite na casa de sua mãe, que ficava próximo à residência do casal. Durante a madrugada, o homem retornou e foi procurar por ela. Quando soube que ela estava na casa da mãe, foi até a parte da frente da residência, ameaçando toda a família.
O homem exigia ainda “a cabeça da companheira”. A mulher mandou mensagens pedindo por ajuda para outros parentes, e um de seus irmãos que estava em casa tentou acalmar o homem, que ainda estava do lado de fora da residência.
Somente nessa hora a Polícia Militar foi acionada. Enquanto isso, um segundo irmão da mulher descia a rua até a casa de sua mãe. Foi nesse momento que, desarmado, ele recebeu 17 facadas do cunhado. A família não conseguiu impedir o ataque, e a vítima não resistiu.
O homem morreu na hora, e o acusado se trancou dentro do carro para se proteger da família da companheira, até o momento em que a polícia chegou e efetuou a prisão.
Em primeira instância, a pena tinha sido de 33 anos de reclusão, por crime qualificado. A sentença foi então readequada pelo Tribunal Judiciário para 27 anos e seis meses ao levar em consideração a confissão espontânea do réu.