SAÚDE - 07/03/2022 08:12

Brasil vive aumento de casos de síndrome respiratória em crianças; cenário reflete em SC

Faixas etárias de crianças de 0 a 4 e de 5 a 11 anos voltaram a registrar alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo os dados do último Boletim Infogripe, da Fiocruz
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Uso de máscaras de proteção foi liberado nas escolas de SC(Foto: Ricardo Wolffenbüttel, Secom, Divulgação)
As faixas etárias de crianças de 0 a 4 e de 5 a 11 anos voltaram a registrar alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), infecções com sintomas respiratórios que podem incluir a Covid-19. A situação ocorreu nos dados de todo o país e também foi registrada em Santa Catarina, segundo os dados do último Boletim Infogripe, divulgado na sexta-feira, dia 4, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O documento afirma que, apesar do cenário de queda de casos de SRAG na população em geral do país, nestes dois grupos de crianças houve “ascensão significativa em diversos estados ao longo do mês de fevereiro”.
Os gráficos que mostram a situação de infecções respiratórias por faixa etária no país indicam que apenas nos dois grupos mais jovens houve alta nas últimas semanas. Nas demais, os casos seguem em queda, após o aumento de casos registrado em janeiro.
Nos gráficos por estados disponibilizados pela Fiocruz, Santa Catarina também repete a alta nesses dois grupos de crianças, em especial na faixa de 5 a 11 anos.
No resumo do boletim, a Fiocruz indicou que no caso das crianças de 0 a 4 anos, dados laboratoriais preliminares sugerem um possível aumento nos casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), outro agente de infecções que podem acometer brônquios e pulmões. Já no caso das crianças de 5 a 11 anos, a o boletim aponta que a causa seria de fato uma interrupção na queda de casos de Covid-19.
Os dois grupos, de 0 a 11 anos, são a mesma faixa etária que desde a semana passada não estão mais obrigados a utilizarem máscaras de proteção nas escolas. Decreto publicado pelo governo do Estado manteve a recomendação, mas retirou a obrigatoriedade do item. A medida gerou críticas de especialistas, que defendiam uma espera maior para a decisão.
Em material de divulgação do boletim da Fiocruz, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, ressaltou que neste momento em que as crianças ainda não completaram o ciclo de vacinação contra a Covid-19, o risco para elas é relativamente mais alto, ainda que os casos na população em geral estejam diminuindo.
– Em função disso, é importante que os responsáveis levem suas crianças para os postos de vacinação e estejam atentos à data para a segunda dose – afirmou, alertando também para os cuidados como evitar aglomeração e utilizar máscaras, que ajudam até mesmo a prevenir infecções por outros vírus, como o VSR.
A Diretoria de Vigilância Sanitária de Santa Catarina (Dive-SC) informou que os dados do boletim InfoGripe, da Fiocruz, não são levados em conta na análise do Estado, que se baseia em dados dos próprios sistemas de informação. O último boletim da Dive-SC aponta queda de casos, mas exibe apenas dados específicos de Covid-19 e na faixa etária de 0 a 39 anos. Não foram repassados dados referentes a SRAG nos grupos de 0 a 11 anos.
A Secretaria de Estado da Saúde informou à reportagem que a área técnica faz um estudo sobre o tema, mas que até este domingo (6) não havia prazo para conclusão.


Entre jovens e adultos, casos seguem em queda 
Apesar do novo aumento de SRAG nas crianças, na população acima de 12 anos a queda de casos continuou nas últimas semanas de fevereiro. Com isso, o cenário é de queda para as próximas semanas.
Segundo o boletim, em 24 unidades da federação há tendência de que tenha havido queda no longo prazo, que leva em conta as últimas seis semanas. Além de Santa Catarina, essa é a situação de Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
No curto prazo, que considera as últimas três semanas, a tendência em todos esses estados também aponta que houve estabilidade ou queda. As exceções são Distrito Federal e Rio de Janeiro, onde se observou sinal de crescimento nesse período mais recente.
Fonte: DC
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