O filho de Volodymyr nasceu em Santa Catarina, e por isso a família tem visto permanente para o Brasil(Foto: Volodymyr Borodin/ Arquivo pessoal)
O ucraniano de 50 anos afirma que possui apenas um rim e tem problemas de saúde. Uma cirurgia feita há cerca de 30 anos garantiu a Borodin um documento que o desobrigou a fazer parte do exército. Médicos farão novos exames para renovar, ou não, o atestado de Volodymyr, que está vencido. A comprovação dirá se ele lutará ou não na guerra.
Desde o início dos ataques da Rússia contra a Ucrânia, a família deixou a capital, Kiev, e foi para Suscovo, cidade na região da fronteira do país com a Eslováquia. No sábado (5), ele, o filho de 3 anos, que é catarinense, a esposa, a sogra e o gato de estimação foram impedidos ao tentar atravessar a fronteira.
— Os médicos só vão me dar a resposta amanhã (8) sobre se eu vou conseguir essa permissão de não ir para a guerra. Mas pode ser que eu não vá para a guerra, mas, com esses exames, com o meu problema, eu posso servir de alguma forma — disse.
Enquanto espera, Borodin planeja mandar o filho, mulher e sogra para Eslováquia. De lá, os três devem tentar ir para a Polônia e pegar o avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que deve chegar na quarta-feira (9) para resgatar brasileiros na cidade.