A Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta sexta-feira (11), o projeto que prevê a incidência por uma única vez do ICMS sobre combustíveis, inclusive importados, com base em uma alíquota fixa por volume comercializado e única em todo o país. O texto aprovado também concede isenção do PIS/Pasep e da Cofins em 2022 sobre os combustíveis até o fim do ano. A proposta seguirá para sanção presidencial.
Ao aprovar o texto nesta sexta-feira, a Câmara rejeitou um dispositivo aprovado pelo Senado, chamado de "gatilho", que permitia que Estados ajustassem o ICMS, para baixo ou para cima, conforme a oscilação dos preços, desidratando o modelo instituído pelo projeto.
Confira as mudanças previstas no projeto aprovado:
ICMS
As mudanças, no entanto, dependerão de aprovação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), do qual os secretários estaduais fazem parte e onde as deliberações só são aprovadas por unanimidade. Na prática, o novo modelo dependerá de decisão dos próprios governadores.
Como regra de transição, a proposta congela a cobrança de ICMS sobre o diesel até o fim de 2022, conforme a média de preços dos últimos cinco anos. É uma forma de amenizar o impacto ao consumidor final, principalmente os caminhoneiros. Nesta quinta-feira (10), a Petrobras anunciou um reajuste de 18,7% na gasolina e de 24,9% no diesel.
Isenção de tributos - PIS/Pasep e da Cofins
O mesmo valerá para o PIS/Pasep e a Cofins-Importação incidentes sobre a importação de óleo diesel, biodiesel e gás liquefeito de petróleo ou derivado de gás natural.
Mais cedo, no entanto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu a possibilidade de o governo lançar mão de subsídios diretos se a guerra da Ucrânia se agravar e os preços subirem mais.