TAXA DE JUROS - 16/03/2022 20:14

BC eleva taxa de juros a 11,75%, maior valor em cinco anos

Banco Central entende que aumento da Selic cria um efeito em cadeia que culmina na queda dos preços no país
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Membros do Copom, do BC, se reúnem a cada 45 dias para definir Selic(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
O Banco Central (BC) confirmou nesta quarta-feira (16) novo aumento da taxa básica de juros no país, a Selic, agora a 11,75% ao ano. É o maior valor desde abril de 2017.
Foi a nona alta seguida adotada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), submetido ao BC, desta vez de 1 ponto percentual. A Selic estava em 10,75%.
O valor reajustado foi ao encontro do que previa a maior parte do mercado financeiro, conforme indicava o mais recente boletim Focus, elaborado pelo próprio BC junto a mais de 100 instituições.
Além disso, confirmou a sinalização dada pelo Copom após seu último encontro de que reduziria o ritmo de subida —antes, foram três altas seguidas de 1,5 ponto percentual.
A medida do BC visa conter a inflação oficial no país, que é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e acumula alta de 10,54% nos últimos 12 meses.
Em fevereiro, o IPCA registrou aumento de 1,01%, o maior valor para o mês desde 2015, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta (11).
A alta dos preços de produtos e serviços no país é pressionada pelo aumento nos combustíveis e pelo conflito da Rússia com a Ucrânia, que deixou mais caros os barris de petróleo e as commodities agrícolas no mundo em meio às sanções entre os países.
O BC entende que o aumento da Selic, que serve de referência para outras taxas de juros no país, cria um efeito em cadeia que culmina na queda da inflação.
Isso porque o consumo e a tomada de crédito, entre outras atividades econômicas, são desestimulados com os juros mais altos, que privilegiam a poupança. Com a queda na demanda, espera-se que os preços caiam para voltarem a ser atrativos.
Para este ano, a meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,50% —o teto esperado é de 5%. A própria entidade monetária assumiu, no entanto, em ata divulgada após a última reunião do Copom, que o IPCA deverá somar 5,4% ao final de 2022.
No ano passado, a inflação do país já havia estourado o valor de referência apontado pelo BC, de 3,75% na ocasião, com tolerância de 1,5 ponto percentual, ao acumular 10,06%.
A expectativa do mercado financeiro até aqui também é de que a inflação fuja mais uma vez à margem proposta pelo BC. Contudo, o boletim Focus da última segunda (14) apontou projeção mais pessimista para o IPCA neste ano, de 6,45%.
A estimativa do mercado ainda colocava a taxa básica de juros em 12,75% ao final de 2022, o que seria o maior valor desde fevereiro de 2017.
A Selic também define a rentabilidade dos títulos públicos que o Tesouro Nacional emite para ajudar a custear os investimentos do governo federal. O aumento dela torna esse tipo de aplicação mais interessante para investidores.
A definição sobre a taxa básica dos juros no país ocorre a cada 45 dias. O Copom discute perspectivas da economia em um primeiro momento e, no dia seguinte, anuncia a Selic estabelecida pelos diretores do BC que constituem o comitê.
Fonte: Diário Catarinense
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