INVESTIGADO - 25/03/2022 15:38 (atualizado em 25/03/2022 15:40)

Gestor de hospital investigado por desvio de dinheiro em SC é preso por atrapalhar investigação

Ele estaria coagindo testemunhas e falsificando documentos para se defender, segundo a Polícia Civil
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Imagem mostra momento que homem foi preso na frente da casa onde mora(Foto: Primeira Página SC)
O ex-administrador do hospital de Rio do Campo, no Alto Vale do Itajaí, teve a prisão preventiva decretada porque estava atrapalhando as investigações da polícia em um inquérito em que é suspeito de desviar dinheiro dos cofres da unidade. A prisão ocorreu na tarde da quinta-feira (24) e o homem foi encaminhado ao Presídio de Rio do Sul.
De acordo com o delegado Diones de Freitas, os desvios teriam ocorrido entre dezembro de 2020 e junho de 2021. O montante tirado ilegalmente dos cofres do Hospital Nossa Senhora Aparecida ainda não foi divulgado, mas segundo o investigador há indícios de que o dinheiro que entrava em espécie não chegava às contas da unidade.
As investigações também apontam que valores que estavam nas contas bancárias do hospital foram sacados para custear despesas pessoais do então administrador.
— Promoveu saques da conta do hospital direto para ele. Em exames que eram pagos em espécie, o dinheiro ia direto para ele e não aparecem nos registros da contabilidade. As planilhas desapareceram. Houve uma ascensão financeira dele incompatível com a remuneração. Tem transferências para ele maior do que o salário que recebia — detalha.
O caso começou a ser apurado em agosto do ano passado e o homem estava em liberdade. Porém, segundo a Polícia Civil, ele começou a coagir testemunhas e falsificar documentos na tentativa de explicar para onde estava indo o dinheiro que saía do hospital. O delegado pediu a prisão do ex-gestor, o que foi acatado pela Justiça e o mandado cumprido na quinta à tarde, na casa dele em Rio do Campo.
— Ele coagiu uma testemunha a lavrar uma declaração pública isentando ele de um fato que a pessoa nos contou em depoimento. Também falsificou a minuta de um contrato dizendo que pagava R$ 3 mil por um serviço que a empresa informou na verdade ser R$ 1,5 mil — revela o delegado.
Freitas explica que aguarda outros dados bancários do homem, as informações de e-mail dele e também deve ouvir mais algumas testemunhas. Caso seja considerado culpado, ele pode ser condenado a até 12 anos de prisão - pena prevista para o crime de peculato. Além disso, também terá que reparar os prejuízos causados ao hospital.
O gestor foi contratado em dezembro de 2019. Ele saiu de Blumenau para ir trabalhar no Alto Vale, e desocupou o cargo em junho de 2021, alegando problemas de saúde. Chegou a ser demitido por justa causa, mas teve a decisão revertida na Justiça e segue no quadro funcional do hospital, mas afastado das atividades.

A direção da unidade optou por não se manifestar sobre o caso.
Fonte: Diário Catarinense
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