Canoinhas - 29/03/2022 13:52 (atualizado em 29/03/2022 13:57)

Presidente da Câmara assume prefeitura após prisão de prefeito e vice em município de SC

Interino "está tomando as devidas providências administrativas para dar continuidade aos serviços públicos municipais" após ocorrência na sétima fase da Operação Et Pater Filium
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“A fim de garantir a continuidade dos serviços públicos municipais”, o presidente da Câmara de Vereadores de Canoinhas, Willian Godoy (PSD), assumiu interinamente a prefeitura municipal já na manhã desta terça-feira (29).

A posse foi realizada no gabinete da prefeitura após a prisão do prefeito Beto Passos (PSD) e do vice, Renato Pike (PL).

Conforme comunicado oficial da prefeitura, o interino “está tomando as devidas providências administrativas para dar continuidade aos serviços públicos municipais”.

Prefeito e vice de Canoinhas, no Planalto Norte de Santa Catarina, foram presos na manhã desta terça-feira (29) na Operação Et Pater Filium. A operação está sendo conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). São eles: Beto Passos (PSD) e Renato Pike (PL).

O processo está em segredo de Justiça, mas nesta fase investigam-se crimes de organização criminosa, peculato, fraudes à licitação, corrupção e lavagem de dinheiro referentes a contratos de prestação de serviços nas áreas de educação e infraestrutura.

O blog procurou a assessoria de comunicação da Prefeitura de Canoinhas e obteve retorno pouco antes do meio-dia. “O Município não vai se manifestar oficialmente sobre as investigações, pois correm em segredo de Justiça”, informou em nota.

Conforme o MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina), na sétima fase da Operação Et Pater Filium, estão sendo cumpridos: 

14 mandados de prisão sendo

- Oito preventiva – sem prazo pré-definido

- Seis de prisão temporária – cinco dias prorrogável por mais cinco

47 mandados de busca e apreensão nos municípios de:

- Canoinhas

- Bela Vista do Toldo

- Itaiópolis

- Porto União

- Bituruna (PR)

Os mandados foram deferidos pelo TJ-SC (Tribunal de Justiça do Santa Catarina) já que há prerrogativa de foro de um dos investigados.

Operação começou em 2020 e já prendeu outros dois prefeitos

A primeira fase da operação ocorreu em 31 de julho de 2020 com suspeita de fraudes em licitações.

“A expressão em latim – Et pater filium – remete ao fato de estarem associados para o cometimento dos atos de corrupção duas duplas de pai e filho, empresários, de um lado, e funcionários públicos, de outro”, informou o MP-SC.

Na primeira fase da operação, em 2020, foram recolhidos documentos, cópias de processos licitatórios, dispositivos eletrônicos, cheques e R$ 321.916,05 em dinheiro em espécie.

Com o levantamento do sigilo da primeira fase, soube-se que os personagens eram o prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini, o filho e servidor público, Marcus Vinicius Brasil Severgnini, e os empresários Décio Pacheco e Décio Pacheco Júnior.

Os quatro já foram julgados e condenados há mais de 40 anos de prisão cada.

Em outra fase da mesma operação também foi preso o prefeito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti, que foi flagrado com dinheiro na cueca.

Fonte: ND+
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