Santa Catarina registrou a oitava morte por dengue neste ano, o maior número de óbitos registrados pela doença na história do Estado, superando em pouco mais de três meses todo o ano de 2021, quando foram sete mortes.
Segundo a Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) da Secretaria de Estado da Saúde, esse número de vítimas pode dobrar, já que existe ainda outras oito mortes sob suspeita e em investigação.
Seis dos óbitos por dengue foram em municípios da região Oeste: dois em Chapecó, dois em Seara, um em Romelândia e outro em Itá. Além de uma morte em Criciúma, no Sul do Estado e outra em Ascurra, no Vale do Itajaí. Outras três regiões preocupam, os órgãos de saúde: Grande Florianópolis, Vale do Itajaí e Nordeste.
A Dive informou que 16 municípios estão em situação de epidemia de dengue, todos no Oeste. A caracterização de epidemia ocorre pela relação entre o número de casos confirmados e o de habitantes. O nível de transmissão epidêmico é quando a taxa de incidência é maior de 300 casos por 100 mil habitantes.
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Fagundes destacou que o Estado fará uma série de enfrentamentos à doença. Prevê o retorno das salas de situação nos municípios, ações de vigilância e manejo das pessoas, ou seja, quebrar o ciclo biológico do mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti) e o manejo adequado clínico nos casos de contaminações dos pacientes.
Casos notificados em 2022
Segundo o último boletim epidemiológico da Dive, publicado no dia 26 de março, nos três primeiros meses do ano foram notificados 14.937 casos de dengue em Santa Catarina. Desses, 5.478 foram confirmados. Do total de casos confirmados, 4.156 foram autóctones (transmissão dentro do Estado), 60 foram importados (transmissão de fora do Estado), outros 1.202 casos estavam em investigação de LPI (Local Provável de Infecção) e 60 são indeterminados, pois não foi possível definir o LPI.
Até o último boletim divulgado, 16 municípios catarinenses atingiram o nível de epidemia: Maravilha – que apresenta o maior número de casos autóctones, com 16,3% do total de casos de 2022 – Seara, Iporã do Oeste, Belmonte, Concórdia, Romelândia, Abelardo Luz, Itá, Xanxerê, Guaraciaba, São José do Cedro, Coronel Freitas, Mondaí, Caibi, Flor do Sertão e Santa Helena.
Já em 2020, o Estado considerou 11 municípios em epidemia. Joinville apresentou o maior número de casos autóctones (8.689), representando 79,4% do total, e a taxa de incidência foi de 1.471,5 casos por 100 mil/hab. Além de Joinville, os municípios em nível epidêmico foram: Águas de Chapecó, Bombinhas, Caibi, Coronel Freitas, Formosa do Sul, Maravilha, Navegantes, São Carlos, São Miguel do Oeste e Tijucas.
Sinais e sintomas
Na forma grave, ocorrem sangramentos de mucosas (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, letargia, sonolência ou irritabilidade, hipotensão e tontura são considerados sinais de alarme. Alguns pacientes podem, ainda, apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade.