SAÚDE EM ALERTA - 08/04/2022 15:36

Situação da dengue se agrava em SC e epidemia chega a 21 municípios

Oito mortes foram confirmadas e outras nove estão em investigação; situação mais preocupante é no Oeste do Estado
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Arte / WH Comunicações

A situação da dengue se agravou em Santa Catarina. Em sete dias, o número de casos confirmados subiu 72%, conforme dados do boletim semanal da dengue. O número de municípios que atingiram o nível de epidemia de dengue também subiu de 16 para 21. Destes, 20 estão localizados na região Oeste.

A situação preocupa e ascende um alerta, principalmente com o crescimento no número de mortes. Conforme o boletim semanal da dengue emitido pela DIVE/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), das oito mortes confirmadas até o momento, seis foram em cidades do Oeste.

As mortes foram em Brusque, Caibi, duas em Chapecó, Criciúma, Itá, Romelândia e Xanxerê. Outras nove estão em investigação, seis delas em cidades do Oeste catarinense.

O boletim semanal da dengue informou que o Estado conta com 25.971 focos do Aedes Aegypti distribuídos em 210 municípios. Ao todo, 125 cidades estão infestadas.

O número de casos confirmados é de 9.422, sendo 7.515 autóctones e 71 importados. Outros 1.725 casos estão em investigação de LPI (Local Provável de Infecção) e 111 são considerados indeterminados, pois não foi possível definir o LPI.

Em comparação ao boletim da dengue divulgado no dia 1º de abril, o número de casos confirmados subiu de 5.478 para 9.422. Um aumento de 72% em sete dias. Os casos autóctones tiveram crescimento de 80%, passando de 4.156 para 7.515. Já os casos importados aumentaram 18%, passando de 60 para 71.

Municípios em epidemia

Os 21 municípios de Santa Catarina que atingiram o nível de epidemia foram: Maravilha, Seara, Concórdia, Iporã do Oeste, Itá, Xanxerê, Abelardo Luz, Romelândia, Mondaí, Belmonte, Coronel Freitas, Guaraciaba, São José do Cedro, Caibi, Palmitos, Ascurra, Caxambu do Sul, Tunápolis, Flor do Sertão, Santa Helena e Peritiba

O diretor da DIVE/SC, João Augusto Brancher Fuck, falou da importância de manter os cuidados para evitar mais mortes em Santa Catarina. “O Estado tem visto um aumento no número de casos de dengue nas últimas semanas. Com isso, é fundamental reforçar as medidas de controle vetorial e assistência aos pacientes suspeitos que estão procurando serviços de saúde”.

Fuck ressaltou que o maior número de casos está no Oeste do Estado e, por isso, a SES (Secretaria de Estado da Saúde) esteve na região na última semana conversando com os municípios e demais órgãos para alinhar ações como a criação de salas municipais, assim como manejo clínico dos pacientes para evitar mais mortes pela dengue no Estado.

Mapa mostra as cidades infestadas pelo mosquito Aedes Aegypti. – Foto: Reprodução/DIVE

Mortes por dengue
Brusque, 81 anos, homem, autóctone;
Caibi, 72 anos, homem, autóctone;
Chapecó, 86 anos, mulher, autóctone;
Chapecó, 73 anos, homem, autóctone;
Criciúma, 40 anos, homem, importado;
Itá, 72 anos, homem, autóctone;
Romelândia, 61 anos, homem, autóctone;
Xanxerê, 51 anos, homem, autóctone;

Mortes em investigação
Ascurra (01);
Blumenau (01);
Chapecó (01);
Guaraciaba (01);
Joinville (01);
Maravilha (01);
Palmitos (01);
Seara (02);

Entenda a doença

Dengue é uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado.

A infecção pelo vírus da dengue pode ser assintomática ou sintomática. Quando sintomática, causa uma doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico, variando desde formas mais leves até quadros graves, podendo evoluir para a morte.

Todos os quatro sorotipos do vírus da dengue circulantes no mundo causam os mesmos sintomas, não sendo possível distingui-los somente pelo quadro clínico.

O termo “dengue hemorrágica” deixou de ser empregado em 2014, quando o Brasil passou a utilizar a nova classificação da doença, que leva em consideração que a dengue é uma doença única, dinâmica e sistêmica. Para efeitos clínicos e epidemiológicos, considera-se a seguinte classificação: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.

Sintomas

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta de início abrupto, que tem duração de 2 a 7 dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.

Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.  Com a diminuição da febre, entre o 3º e o 7º dia do início da doença, grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente, com melhora do estado geral e retorno do apetite.

No entanto, alguns pacientes podem evoluir para a forma grave da doença, caracterizada pelo aparecimento de sinais de alarme, que podem indicar o deterioramento clínico do paciente.

Zika e Chikungunya

O mosquito Aedes Aegypti também transmite outras duas doenças: a Zika e a Chikungunya. De Zika, 40 notificações foram feitas no Estado. Destas, 30 casos foram descartados e 10 suspeitos. De Chikungunya, foram 237 notificações. Dois casos foram confirmados importados, 159 descartados e 76 estão em investigação.

Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:

Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;

Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

Mantenha lixeiras tampadas;

Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;

Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;

Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;

Mantenha ralos fechados e desentupidos;

Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;

Retire a água acumulada em lajes;

Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;

Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;

Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;

Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;

Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.

Fonte: ND+
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