FGTS - 05/05/2022 08:05

FGTS poderá ser usado para pagar creche

Público-alvo das medidas é ponto fraco de Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto: mulheres e jovens
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou na quarta-feira (4) a flexibilização das regras do jovem aprendiz e a liberação de recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para mulheres custearem creches para os filhos ou cursos profissionalizantes, em uma tentativa de impulsionar a geração de empregos em ano eleitoral.
Uma MP (medida provisória) assinada pelo presidente prevê a possibilidade de mães trabalhadoras com filhos de até cinco anos sacarem recursos do FGTS para bancar despesas com creche.
O dinheiro não estará disponível imediatamente: uma resolução do Conselho Curador do FGTS vai estabelecer o número de parcelas, o valor dos saques e as demais regras.
A matrícula de crianças de zero a três anos em creches não é obrigatória, mas a lei do PNE (Plano Nacional de Educação) estipula que, até 2024, metade das crianças da faixa etária esteja na escola.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo de outubro de 2021, com base em dados de 2020, mostra que nem um terço (31%) das crianças nesta faixa etária estava em creche no ano passado, o que distanciou o país do cumprimento da meta do PNE.
— Entendemos que, pelo volume de trabalhadores, a medida não vai dar conta de toda a demanda de creches federais — disse o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e da Previdência, Bruno Dalcolmo.
Segundo ele, a liberação do FGTS será uma opção adicional à oferta de creches pelo poder público.
—  Mas obviamente o esforço é bastante grande para ampliar a empregabilidade da mulher, e para isso precisamos de alternativas —  afirmou.
A medida do governo anunciada nesta quarta também permite às trabalhadoras resgatar recursos do fundo para investir em qualificação profissional, desde que dentro de uma lista de cursos a ser estipulada pelo governo.
Segundo a secretária-adjunta de Trabalho, Tatiana Severino de Vasconcelos, a intenção é incluir cursos relacionados a engenharias e inovação, áreas geralmente têm remunerações mais elevadas e que costumam ser dominadas por trabalhadores.
O governo também promete a abertura de 250 mil novas vagas de jovens com mudanças no programa de aprendizagem. O presidente também enfrenta dificuldades para alavancar sua pré-candidatura nesse público de eleitores.
Hoje, as empresas podem contratar jovens de 14 a 24 anos, por um período máximo de dois anos. A MP flexibiliza essas regras para permitir que esses jovens permaneçam como aprendizes por até três anos.
O prazo será estendido para até quatro anos no caso de jovens contratados aos 14 anos ou no caso dos vulneráveis, o que inclui aqueles que integram famílias beneficiárias do Auxílio Brasil. A meta é que 100 mil das 250 mil novas vagas sejam geradas para esse público até o fim do ano.


Fonte: Diário Catarinense
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