“A política externa de longa data da Rússia, baseada na força militar, e o objetivo declarado de uma estrutura de segurança baseada na divisão de interesses na Europa, ganhou uma nova dimensão com o lançamento da guerra de agressão contra a Ucrânia“, destacou. Na Otan “o efeito preventivo da defesa da Finlândia seria consideravelmente maior do que atualmente, pois seria respaldado pelas atuações de toda a aliança”, acrescenta. “É uma solução que reforça a defesa da Finlândia e a defesa coletiva da Otan”, complementa o relatório que também rejeita a possibilidade de presença de base militar ou armas nucleares no país.
A Suécia também deu um passo importante rumo a adesão da Otan, a ministra de Relações Exteriores, Ann Lide, assinou a carta em que o país solicita ingressar na Aliança. A Suécia também deu um passo importante rumo a adesão da Otan, a ministra de Relações Exteriores, Ann Lide, assinou a carta em que o país solicita ingressar na Aliança. “Acabei de assinar uma histórica carta de indicação do governo sueco para o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. Nossa candidatura à Otan está agora oficialmente assinada”, declarou a ministra. As solicitações dos dois países nórdicos devem ser encaminhados juntas nos próximos dias.
Para serem aceitos na Otan, Finlândia e Suécia precisam da aprovação de todos os países membros. Até agora o único que se mostrou contra foi a Turquia, que na segunda-feira, 17, declarou que não aprovará a entrada dos países que decidiram acabar com a neutralidade por causa do ataque da Rússia à Ucrânia que já beira os três meses. Quando receber as solicitações de candidatura, a Otan convidará os dois países para que negociem as condições de adesão. As conversas devem ser muito curtas, uma vez que ambos os países atendem os critérios de inclusão.
A Rússia que já tinha ameaçado Suécia e Finlândia caso eles mantivessem o interesse em ingressar na Otan, disse na segunda-feira que não tem nada contra a participação dos nórdicos na Aliança. “Não representa uma ameaça direta para nós, mas a expansão de infraestrutura militar a estes territórios vai gerar certamente uma resposta nossa”, afirmou Vladimir Putin em uma reunião de uma aliança militar liderada por Moscou. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou em entrevista coletiva que eles não têm disputas territoriais com os dois países. “Vamos observar com muito cuidado quais serão as consequências de uma adesão de Finlândia e Suécia à Otan, no que diz respeito à nossa segurança, que deve ser garantida de forma absolutamente incondicional”, frisou.