Ciência e Saúde - 05/06/2022 21:53 (atualizado em 06/06/2022 10:32)

Pesquisa de hospital do RS é a primeiro do Brasil a receber Oscar da oncologia

Comandado pelo médico Pedro Henrique Isaacsson Velho, do Moinhos de Vento, trabalho foi reconhecido pela Associação Americana de Oncologia Clínica por estudo voltado ao tratamento do câncer de próstata
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O oncologista do Hospital Moinhos de Vento Pedro Henrique Isaacsson Velho é o primeiro pesquisador que atua numa instituição brasileira a receber o tradicional prêmio The Career Development Award (CDA) da The Conquer Cancer Foundation da American Society of Clinical Oncology (ASCO). A honraria é considerada o Oscar da oncologia e reconhece os profissionais que mais se destacam em suas áreas com pesquisas desenvolvidas para melhorar o tratamento do paciente. O prêmio existe há 30 anos e nunca um hospital brasileiro havia figurado na lista com os trabalhos reconhecidos mundialmente.

Pedro Henrique Isaacsson Velho - Oncologista do Hospital Moinhos de Vento / Foto: Divulgação 

O médico Pedro é o chefe do Instituto de Pesquisa Moinhos. O médico ressaltou que é muito gratificante saber que o estudo coordenado por ele, de uso de testosterona, combinado com a medicação Radium-223, em pacientes com câncer de próstata, estará ao lado de outras iniciativas, lideradas por instituições que são referência mundial. O jovem oncologista tem 36 anos e mais de 50 artigos científicos publicados.

“É o reconhecimento de que estamos fazendo pesquisas de ponta aqui no Hospital Moinhos de Vento. Nos juntamos às maiores e melhores instituições internacionais, sendo a primeira brasileira a receber o prêmio, o que nos dá muito orgulho. Temos toda a estrutura para proporcionar tratamentos de excelência aos nossos pacientes, comparáveis a de outros centros de pesquisa de renome mundial”, afirmou.

A cerimônia de entrega do prêmio aconteceu na última sexta-feira, durante a ASCO Annual Meeting, considerado o maior e mais importante congresso de oncologia do mundo, em Chicago, nos Estados Unidos. Segundo a entidade organizadora, o evento reúne anualmente mais de 40 mil profissionais de todo o mundo. A premiação é de US$ 200 mil. Os recursos serão destinados ao Hospital Moinhos de Vento para serem investidos em projetos de pesquisa em câncer de próstata. Em 2019, o pesquisador brasileiro já havia recebido o prêmio Global Young Investigator, também da ASCO, pelo estudo clínico que avaliava o tratamento com imunoterapia em pacientes com câncer de próstata.

Valorização e retenção de talentos

Para o superintendente executivo, Mohamed Parrini, o prêmio consolida a vocação e a tradição do Hospital Moinhos de Vento em desenvolver medicina e pesquisa de ponta. “A instituição tem como propósito cuidar de pessoas integrando a saúde, a pesquisa e a educação. Temos feito aportes significativos para atrair e reter talentos. O Dr. Pedro é um exemplo que incentivamos a ir para os Estados Unidos se aprimorar, dentro da parceria com a Johns Hopkins Medicine International, e atualmente lidera o nosso Instituto de Pesquisa Moinhos”, ressaltou Mohamed. Ele acrescentou que a ciência é um campo promissor e que estão previstos investimentos significativos nos próximos dois anos para ampliar, fomentar e captar mais estudos em prol da sociedade.

Durante o anúncio dos vencedores, o presidente do Conselho Administrativo da Conquer Cancer, Howard Burris, agradeceu aos doadores que apoiam os pesquisadores. "São esses líderes em ascensão, cujos projetos oferecem uma variedade de abordagens criativas para o tratamento do câncer, que estão trabalhando para acelerar pesquisas inovadoras e capacitar as pessoas em todos os lugares para vencermos a doença. Esses subsídios e prêmios financiam a busca de ideias inovadoras e oportunidades para construir carreiras significativas. Mas também oferecem grande esperança aos pacientes”, afirmou.

A pesquisa

O estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Moinhos conta com a parceria da Johns Hopkins Medicine International. O objetivo é avaliar a terapia androgênica bipolar, que consiste em altas doses de testosterona associada a uma medicação já aprovada para câncer de próstata, o Radium-223. Em junho, deve iniciar a fase de recrutamento de pacientes no Brasil e nos Estados Unidos. Ao todo, serão cerca de 50 pessoas diagnosticadas com câncer de próstata metastático resistente à castração. 

“É uma pesquisa muito promissora para pacientes com câncer de próstata. Podemos regredir o câncer e melhorar a qualidade de vida das pessoas, devolvendo e aumentando a testosterona dos pacientes e proporcionando menos efeitos adversos da hormonioterapia como fadiga, disfunção erétil, risco de fraturas, entre outros”, destacou.

Sobre o Instituto

A pesquisa é um dos pilares do planejamento estratégico do Hospital Moinhos de Vento. O Instituto de Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento conta com uma estrutura alinhada aos melhores centros de pesquisa clínica do mundo. Atualmente são 134 estudos ativos, nas mais diversas fases, e cerca de 200 pacientes em estudos experimentais. 

São 30 colaboradores, sendo que 76% são envolvidos diretamente em projetos de pesquisa. Hoje com três consultórios, está passando por processo de ampliação para cinco, além de  sala de infusão e farmácia próprias de medicamentos de pesquisa, áreas de apoio e amplo espaço para profissionais conduzirem seus trabalhos.

Sobre Hospital Moinhos de Vento

Desde sua fundação em 1927, o Hospital Moinhos de Vento tem como missão cuidar de vidas e colaborar com o desenvolvimento do país, promovendo uma medicina de excelência, na vanguarda dos melhores modelos de saúde internacionais. Único hospital brasileiro afiliado à Johns Hopkins Medicine International, é um dos seis de excelência do Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Também foi considerado o terceiro melhor hospital do Brasil pelas revistas Newsweek e  America Economia.

Com uma trajetória de pioneirismo e inovação, já realizou dezenas de procedimentos de alta complexidade inéditos no Brasil e na Região Sul — nas áreas da cardiologia e cirurgia vascular, neurologia, oncologia, cirurgia robótica e terapia genética. Na última década, desenvolveu programas de telemedicina, atendendo pacientes em diversas especialidades médicas e em projetos de qualificação do Sistema Único de Saúde, em parceria com os governos federal e estadual.

Fonte: Correio do Povo
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