Fiscalização no Trânsito - 07/07/2022 15:57

Mais de 2,6 mil motoristas foram flagrados embriagados nas rodovias de SC em 6 meses

No mesmo período, a Polícia Rodoviária Federal realizou 66.177 testes com etilômetro no Estado; Lei Seca completou 14 anos em junho
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De janeiro a junho de 2022, 2.636 motoristas foram flagrados dirigindo sob efeito de álcool em rodovias federais de Santa Catarina. Desse número, 2.266 se recusaram a fazer o teste com etilômetro. Os dados foram disponibilizados pela PRF (Polícia Rodoviária Federal). A BR-101 foi a rodovia com mais autuações.

No mesmo período, a PRF em Santa Catarina realizou 66.177 testes com etilômetro.

No Brasil, de janeiro a maio deste ano, a PRF autuou 7.477 motoristas por por embriaguez. Isso significa que, a cada meia hora, um condutor alcoolizado foi retirado de circulação nas rodovias federais brasileiras.

Segundo dados fornecidos pela instituição à Ammetra (Associação Mineira de Medicina do Tráfego), outros 19.093 também foram impedidos de dirigir por se recusarem a fazer o teste do bafômetro. Esses são os resultados de um aumento de 2.308% na fiscalização das rodovias.

“A fiscalização é a principal arma que as autoridades de trânsito têm para salvar vidas. A retirada de circulação desse infrator evita sinistros, ferimentos e mortes, e contribui para a segurança de todos. É por isso que as entidades que atuam pela segurança viária insistem tanto no reforço da fiscalização”, afirma o diretor científico da Ammetra, Alysson Coimbra.

O levantamento feito pela PRF aponta ainda que entre janeiro e maio de 2022 foram aplicados 1.123.120 testes de alcoolemia em motoristas que transitaram pelas rodovias federais de todo o Brasil. No mesmo período de 2021, esse número foi de apenas 48.649 testagens.

Na avaliação de Coimbra, os dados indicam não só o aumento da fiscalização, mas também o crescimento de um comportamento criminoso: dirigir sob o efeito de álcool e drogas.

“O trânsito foi o espaço coletivo mais afetado pelos inevitáveis danos mentais e psicológicos da pandemia. Motoristas ansiosos, imprudentes, agressivos e violentos se envolvem mais em ocorrências de trânsito e infringem as normas de circulação mais frequentemente, quer seja pela desatenção ou pela direção insegura. Isso também leva ao abuso de drogas e álcool”, afirma o especialista.

Lei Seca

A Lei Seca, que completou 14 anos em junho, é uma das maiores aliadas da segurança no trânsito brasileiro. Estima-se que, nos primeiros oito anos de implantação, mais de 41 mil vidas foram salvas e R$ 558 bilhões em tratamentos de saúde foram economizados.

Para Coimbra, a Lei Seca tornou-se indispensável para a segurança de todos. Ele afirma ainda que o número de vidas salvas é muito maior que o divulgado por causa também dos efeitos indiretos da conscientização e/ou intimidação pelo rigor da lei.

“A sociedade abraçou a causa e agora o desafio é tornar ainda mais dura a vida daqueles que bebem ou usam drogas e insistem em dirigir. Uma das medidas que devem ser adotadas é a implantação dos drogômetros, fundamental para evitar que o motorista migre do consumo de álcool para outras drogas quando for dirigir”, diz Coimbra.

Conscientização

Mas apesar de todos os benefícios, ainda há motoristas que insistem em beber e dirigir, violando a lei. A recusa em se submeter ao teste, quase três vezes maior que o número de autuados, é um indicativo de que a embriaguez ao volante é um problema ainda maior.

Segundo o Anuário Estatístico divulgado pela PRF em 2021, 4.629 sinistros foram provocados por condutores que dirigiam sob o efeito de álcool ou drogas. E 22.482 pessoas foram autuadas por se recusarem a soprar o bafômetro.

Esses sinistros provocaram a morte de 220 pessoas e deixaram outras 3.896 feridas, 990 delas com gravidade. “Uma vida perdida para a violência no trânsito impacta diretamente inúmeras outras pessoas além dos familiares, criando uma cadeia silenciosa de dor e sofrimento”, diz Coimbra.

Além desse impacto social, essa insegurança impacta diretamente os cofres públicos.

“Feridos graves exigem gastos exorbitantes com hospitalização, tratamento e afastamentos do trabalho. Obviamente que não se questiona o gasto com a assistência às vítimas, mas sim porque esse ciclo vicioso e, principalmente, evitável, enfrenta uma histórica negligência do Poder Público”, diz o especialista.

Fonte: ND+
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