A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (23), oito mandados de busca e apreensão em endereços de empresários que teriam compartilhado mensagens com teor golpista em grupos de Whats App. A ordem partiu do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e executada em cinco estados: Santa Catarina, Ceará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.
O inquérito investiga se os empresários teriam defendido estratégias golpistas caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhasse as eleições deste ano. A ação é resultado de mensagens trocadas em grupos de Whats App pelos alvos, divulgadas em uma matéria do jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, em 17 de agosto.
Luciano Hang se posicionou em relação ao cumprimento de mandados em sua residência em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, e em Brusque, na sede administrativa da Havan, no Vale do Itajaí. Por meio de nota, ele afirmou estar “tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa. Desde que me tornei ativista político prego a democracia e a liberdade de pensamento e expressão, para que tenhamos um país mais justo e livre para todos os brasileiros”.
O ND+ entrou em contato com os demais empresários citados na reportagem, mas até a publicação desta reportagem não havia recebido retorno. As atualizações serão feitas ao longo do dia nesta matéria.
O empresário Luciano Hang foi surpreendido na manhã de hoje [terça-feira, 23] com um mandado de busca e apreensão expedido pelo Ministro do STF, Alexandre de Moraes. Luciano estava trabalhando em sua empresa, às 6h da manhã, quando a Polícia Federal o abordou e recolheu seu telefone celular.
O empresário reafirma que a matéria foi irresponsável e não retratou a verdade. “Eu nunca falei de STF ou de golpe. O jornalista, de forma leviana e sensacionalista, usou trechos desconexos de conversas e a tirou de contexto”, afirma.
Segue fala do empresário na íntegra: “Sigo tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa. Desde que me tornei ativista político prego a democracia e a liberdade de pensamento e expressão, para que tenhamos um país mais justo e livre para todos os brasileiros. Eu faço parte de um grupo de 250 empresários, de diversas correntes políticas, e cada um tem o seu ponto de vista. Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião. Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu NUNCA, em momento algum falei sobre Golpe ou sobre STF. Eu fui vítima da irresponsabilidade de um jornalismo raso, leviano e militante, que infelizmente está em parte das redações pelo Brasil. Segue minha conversa com o jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, na quinta-feira, dia 18/08, próximo às 18h, onde ele mesmo reconhece que eu nunca falei sobre golpe de Estado: