Polícia - 24/08/2022 08:47

Golpe do ‘nudes’: três suspeitos são presos em Chapecó

Os dois homens e uma mulher são suspeitos de fazer parte de uma organização criminosa. A investigação identificou vítimas de outros Estados
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A Polícia Civil prendeu dois homens, um de 36 e outro de 38 anos, além de uma mulher de 20 anos, os quais são suspeitos de aplicar golpes do “nudes” em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. O grupo é investigado também por fazer parte de uma organização criminosa do Rio Grande do Sul.

O inquérito apontou que o grupo seria suspeito de praticar crimes como extorsão e corrupção de menores. A investigação foi comandada pela DIC de Chapecó (Divisão de Investigação Criminal de Fronteira) e contou com o apoio do Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e do Departamento de Segurança e Execução Penal do Rio Grande do Sul.

Segundo a DIC, a investigação também identificou vítimas de outras cidades dos Estados de Santa Catarina, Amazonas, Bahia e São Paulo. A equipe de Chapecó informou as Polícias Civis dos outros Estados que devem apurar cada um desses crimes.

Caso investigado

A investigação iniciou a partir de um inquérito que apurava um golpe sofrido por um homem de 36 anos, morador de Chapecó. A vítima acreditava manter conversas com uma suposta “jovem” nas redes sociais, desde dezembro de 2020.

O relatório da DIC aponta que, após alguns dias, outra pessoa entrou em contato com a vítima e dizia ser um “delegado de polícia”. O suposto delegado, acusava o homem de ter mantido conversas íntimas com uma adolescente e exigiu, por isso, o pagamento em dinheiro para que a vítima não fosse investigado por “pedofilia”.

O homem, conforme a DIC, não cedeu às exigências e bloqueou todos os contatos e não foi mais importunada. Após denúncia, a investigação promovida pela DIC de Chapecó identificou os reais autores das mensagens. A suposta “jovem”, na verdade, tratava-se de uma mulher de 20 anos, moradora de Chapecó, enquanto o suposto “delegado de polícia” se tratava de um homem de 36 anos, que estava preso no Estado do Rio Grande do Sul.

Associação criminosa

Após algumas investigações, a polícia descobriu que o homem de 36 anos, já condenado por outros crimes, contava com o auxílio da mulher, a qual é sobrinha dele. Além da jovem, a polícia apurou que outros condenados, que viviam na mesma cela que o homem, faziam parte do grupo.

Após buscas nas celas do suspeito de estelionato, foi possível identificar apenas um outro preso envolvido, um homem de 38 anos. A investigação da DIC apontou que os suspeitos se passavam por “delegado de polícia”, “pai da jovem adolescente”, ou “advogado da família”, como formas de extorquir as vítimas.

Corrupção de menor

Além dos  crimes de extorsão e associação criminosa, a DIC apontou que o homem de 36 anos é investigado por suspeita de corrupção de menor de idade. A acusação é em função de outra sobrinha dele, de apenas 16 anos, que teria sido chamada para participar dos golpes, o que não foi aceito por ela.

As penas

Conforme informado pela DIC, para cada delito de extorsão, os investigados poderão ser condenados a penas que variam de quatro a 10 anos, além de multa. Já para a associação criminosa, a pena pode variar de um a três anos.

Já para o crime de corrupção de menor tentado, a pena vária entre quatro meses e dois anos. O inquérito policial foi remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, para prosseguimento da persecução penal.

Fonte: ND+
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