Imunização - 30/08/2022 16:47

Índice de vacinação contra pólio segue baixo em SC e cobertura ameaça volta da doença

Após três semanas do início da Campanha Nacional de Vacinação, cobertura vacinal catarinense ainda está em 37,36%
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A Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite iniciou no dia 8 de agosto em todo o Brasil. Três semanas depois, a cobertura vacinal em Santa Catarina segue abaixo da expectativa.

Apesar de Santa Catarina ser o terceiro Estado do país que mais aplicou doses da vacina no público-alvo, os números preocupam. O painel de dados do Ministério da Saúde aponta que até esta terça-feira (30), a cobertura vacinal catarinense ainda está em 37,36%.

A meta é atingir uma cobertura igual ou maior que 95% para a vacina poliomielite na faixa etária de um a menores de cinco anos.

“Temos ainda um longo caminho a percorrer para garantir a proteção de todos”, ressaltou a gerente de imunização da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), Arieli Fialho.

Alagoas (41,32%) e Sergipe (37,70%), estão à frente de Santa Catarina no ranking.

Ainda de acordo o painel da Saúde, foram aplicadas 146.077 doses de vacina contra a paralisia infantil em Santa Catarina. A estimativa de público-alvo é de 391.034 crianças, ou seja, o Estado precisa vacinar outras 244.957 até o dia 9 de setembro, data que marca o fim da Campanha de Vacinação contra a poliomielite e de multivacinação.

Risco de retorno da doença

O diretor da Dive/SC, João Augusto Brancher Fuck, reafirmou que a cobertura vacinal contra a paralisia infantil ainda está distante do esperado, apesar da boa posição do Estado no ranking nacional.

Segundo ele, o cenário é de risco. Isso porque baixas coberturas vacinais deixam as pessoas mais suscetíveis e doenças que já estavam controladas e até mesmo erradicadas, como é o caso da poliomielite, podem ser reintroduzidas.

Entre os motivos para a baixa adesão às vacinas pode estar a falsa sensação de segurança. “Devido ao êxito da vacinação nas últimas décadas, conseguimos erradicar e controlar diversas doenças, que pararam de circular ativamente no nosso dia a dia, como o sarampo e a pólio. Mas, não podemos esquecer que é a manutenção da vacinação que vai garantir e evitar que essas doenças voltem a circular entre nós”, ressalta o diretor da Dive/SC.

Outro ponto levantado por ele diz respeito à disseminação de informações falsas sobre as vacinas. “Os pais acabam ficando apreensivos. Por outro lado, sabemos que as vacinas são testadas e muito seguras”, afirma.

Índice nacional

O índice nacional é ainda mais baixo do que o de Santa Catarina. Até o momento, a cobertura vacinal contra a poliomielite no Brasil está em 26,78%.

“É inaceitável que doenças tão antigas, como é o caso da poliomielite, ainda possam ameaçar as crianças do Brasil”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. No Brasil, o último caso de infecção pelo poliovírus selvagem ocorreu em 1989, na cidade de Souza (PB).

Fonte: ND+
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