Segurança - 01/09/2022 08:43

Polícia Federal apreende cerca de 300 armas de fogo em SC e PR

A operação aponta que o grupo pode já ter lucrado cerca de R$ 2 milhões em armas de fogo. A ação ocorreu na manhã desta quinta-feira
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A PF explica que os investigados podem responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa. – Foto: Polícia Federal

A PF (Polícia Federal) apreendeu 267 armas de fogo e estima que o grupo já ter lucrado cerca de R$ 2 milhões com a venda dos objetos oriundas de contrabando. A ação ocorreu na manhã desta quinta-feira (01) nas cidades de Dionísio Cerqueira, Extremo-Oeste de Santa Catarina, e Barracão, Paraná, ambas situadas na fronteira entre o Brasil e Argentina.

Conforma a PF informou, a operação “Pseudólogos” tinha o objetivo de desarticular uma possível associação criminosa constituída para viabilizar a aquisição fraudulenta de armas de fogos por pessoas que não preenchem os requisitos estabelecidos no Estatuto do Desarmamento. São cumpridos oito mandados de busca e apreensão e outras sete medidas cautelares.

Durante a investigação foi possível identificar, segundo a polícia, que os suspeitos criaram uma estrutura empresarial com foco em explorar o comércio de armas e munições. A fraude consistia na falsificação de comprovantes de renda e declarações de residência, posteriormente utilizados por possíveis compradores, com vistas a permitir que pessoas desprovidas de trabalho regular e residência certa pudessem obter uma arma de fogo.

A Polícia Federal suspeita que, por meio de tais condutas, os investigados tenham fomentado a circulação ilegal de inúmeras armas de fogo, inclusive em benefício de pessoas envolvidas com o descaminho e contrabando de produtos oriundos da Argentina.

Resultados

Até o momento foi identificado, que a respectiva estrutura empresarial, atuou como representante em, ao menos, 690 processos junto ao SINARM (Sistema Nacional de Armas, administrado pela PF). Já devem ter sido vendidas, segundo a PF, 425 armas de fogo.

Diante desse cenário, com objetivo de obter material probatório apto à elucidação dos fatos, a PF instaurou inquérito e representou perante a Justiça Federal em Chapecó por mandados de busca e apreensão, quebra de dados telemáticos e inúmeras outras medidas cautelares diversas da prisão.

Dentre as medidas está a suspensão das atividades dos investigados, especificamente o comércio varejista de armas e munições. Além disso, a suspensão de todas as permissões que envolvem arma de fogo, munições e acessórios concedidas pelo Exército Brasileiro em favor dos investigados. Bem como, o recolhimento de mais de 267 armas de fogo mantidas junto ao estabelecimento empresarial utilizado para viabilizar os crimes sob investigação.

A operação foi comandada pelo delegado de Polícia Federal Thiago Nazario dos Santos. Por tais ações, a PF explica que os investigados podem responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 14 anos de prisão.

A polícia esclarece também a origem do nome da operação, “Pseudólogos”. O termo corresponde a um termo na mitologia grega em referência as divindades menores que personificavam as mentiras e as falsidades.
Fonte: ND+
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