A PF (Polícia Federal) apreendeu 267 armas de fogo e estima que o grupo já ter lucrado cerca de R$ 2 milhões com a venda dos objetos oriundas de contrabando. A ação ocorreu na manhã desta quinta-feira (01) nas cidades de Dionísio Cerqueira, Extremo-Oeste de Santa Catarina, e Barracão, Paraná, ambas situadas na fronteira entre o Brasil e Argentina.
Durante a investigação foi possível identificar, segundo a polícia, que os suspeitos criaram uma estrutura empresarial com foco em explorar o comércio de armas e munições. A fraude consistia na falsificação de comprovantes de renda e declarações de residência, posteriormente utilizados por possíveis compradores, com vistas a permitir que pessoas desprovidas de trabalho regular e residência certa pudessem obter uma arma de fogo.
A Polícia Federal suspeita que, por meio de tais condutas, os investigados tenham fomentado a circulação ilegal de inúmeras armas de fogo, inclusive em benefício de pessoas envolvidas com o descaminho e contrabando de produtos oriundos da Argentina.
Até o momento foi identificado, que a respectiva estrutura empresarial, atuou como representante em, ao menos, 690 processos junto ao SINARM (Sistema Nacional de Armas, administrado pela PF). Já devem ter sido vendidas, segundo a PF, 425 armas de fogo.
Dentre as medidas está a suspensão das atividades dos investigados, especificamente o comércio varejista de armas e munições. Além disso, a suspensão de todas as permissões que envolvem arma de fogo, munições e acessórios concedidas pelo Exército Brasileiro em favor dos investigados. Bem como, o recolhimento de mais de 267 armas de fogo mantidas junto ao estabelecimento empresarial utilizado para viabilizar os crimes sob investigação.
A operação foi comandada pelo delegado de Polícia Federal Thiago Nazario dos Santos. Por tais ações, a PF explica que os investigados podem responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 14 anos de prisão.