ELEIÇÕES 2022 - 18/09/2022 17:46 (atualizado em 18/09/2022 18:09)

Em ato em SC, Lula promete restauração de ministérios e investimento na cultura

Apoiadores do candidato à presidência da República pelo PT destacaram o desejo de vitória no primeiro turno das Eleições 2022
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Grande público prestigiou evento do PT em Florianópolis – Foto: Anderson Coelho/Divulgação

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de um ato político realizado na manhã deste domingo (18), na praça Tancredo Neves, no Centro de Florianópolis. A concentração, que contou apoiadores, militantes e políticos, iniciou logo nas primeiras horas do dia.

O candidato à Presidência chegou ao local por volta das 11h20, embora seu discurso estivesse previsto, inicialmente, para às 10h. Antes de sua fala, integrantes de entidades, movimentos sociais e políticos subiram na estrutura montada na praça e proferiram palavras de apoio ao candidato do PT.

Em seu discurso, que iniciou por volta das 13h e durou cerca de 50 minutos, Lula falou sobre o que deseja ao país caso volte à Presidência.

“Temos que assumir a responsabilidade de devolver ao país a alegria, a esperança, a felicidade. O direito de comer três vezes ao dia, de sonhar com a universidade, de cuidar da família. Queremos casa, criar os filhos com paz e harmonia. Tirar o diploma de ‘doutor’ não é só para o rico. Precisamos fazer mais universidades e escolas técnicas. Precisamos dar oportunidade, e isso não é o Estado que faz, o Estado oferece, quem vai fazer é o povo brasileiro”, disse.

Lula também destacou a situação da fome em Santa Catarina. “Muita gente fala que em Santa Catarina não tem fome, mas aqui há 500 mil [pessoas] passando fome. E tentam esconder. Se a gente sabe que tem essa população faminta, vamos dar comida e empregos.”

O candidato à Presidência pelo PT disse ainda que vai revogar os decretos de sigilo de 100 anos impostos na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Lula acrescentou que vai criar o Ministério da Mulher, Ministério da Igualdade Social e restaurar o Ministério da Pesca e o Ministério da Cultura. Em cada Capital também será criado um comitê de cultura, segundo o candidato.

O candidato à vice-Presidência, Geraldo Alckmin (PSB), que discursou antes de Lula, afirmou que chegou o tempo de fortalecer a democracia.

“Nós estamos unidos porque o Brasil precisa. Quem admira a ditatura não deveria pedir voto do povo. Só quem é democrata. É nosso dever estarmos unidos, lutar e vencer”, disse Alckmin.
Lula participou de ato com Dario Berger, Bia Vargas e Décio Lima em Florianópolis / Reprodução/ Twitter @LulaOficial/ Ricardo Stuckert

Políticos sobem ao palco

A ex-deputada e candidata a vice-Presidente da República em 2018 Manuela D’Ávila (PC do B) abriu os discursos no palanque na praça Tancredo Neves. Ela falou da beleza de viajar pela região Sul do Brasil e encontrar os atos políticos cheios de apoiadores.

“É ver que enfrentamos juntos, nos últimos quatro anos, essa luta para dizer que foi golpe a eleição sem Lula. Você ia voltar a ser nosso presidente”, disse Manuela em direção ao candidato.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também falou da beleza do ato e disse que o que está em jogo não é o voto na urna, é o tipo de Brasil que o povo quer para o futuro.

“Eles falam em polarização, mas isso não é polarização. Um defende os brasileiros, o outro defende a morte e o sofrimento dos brasileiros. Um lado defende a ditadura, o outro tem pessoas que fugiram da ditadura brasileira”, disse o senador.

A ex-presidente Dilma Rousseff tomou a palavra na sequência e foi ovacionada pelo público. Após elogiar a conduta do senador Randolfe Rodrigues na CPI da Covid, Dilma afirmou que Lula é “uma sorte” para as pessoas porque ele tem a capacidade de conversar, de dialogar.

“Precisamos acelerar a possibilidade de mudança. Por isso daqui até o dia da eleição são 14 dias, até o último dia de campanha são 13. Tem muita gente que ainda não escolheu o seu candidato. Não é só opção pessoal, é opção do Brasil. Eu tenho certeza que a opção que temos que fazer nesse dia 2 de outubro tem um nome: Lula”, acrescentou Dilma.

O senador Dário Berger (PSB), que tenta a reeleição, foi chamado e recebeu algumas vaias do público presente. Ele presenteou Lula com uma camiseta do Avaí, time de futebol da Capital.

“Eu serei um senador 100% catarinense. Defenderei a administração de Lula todos os dias e todas as horas que estiver no Congresso Nacional”, garante.

Candidato a governador e vice de SC discursam

Bia Vargas, candidata a vice-governadora de Santa Catarina, destacou as dores de ser mulher, mãe solo, negra e microempreendedora.

“Santa Catarina é recordista em violência contra mulheres, LGBTQIA+ e negros. Nós queremos um Estado recordista em investimento em saúde, educação, economia sustentável. Nós temos um candidato ao governo que pensa nas pessoas. O Décio é esse cara, o maior plano de governo são as pessoas. Vamos ter uma mulher vice-governadora que vai lutar pelas causas. É a possibilidade de um governo que vai olhar para os povos originários. Um governo que garanta que Santa Catarina seja grande novamente e volte a ser feliz”, disse Bia.

O candidato a governador do Estado pelo PT, Décio Lima, tomou o microfone em seguida e chamou Lula de “injustiçado” e também dedicou o dia a Luiz Carlos Cancellier, que foi reitor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e cometeu suicídio dias após ser preso na Operação Ouvidos Moucos.

“Faz 5 anos desse acontecimento cruel. Que o Brasil e você foram vítimas da utilização de poderes que deveriam proteger, que deveriam garantir aquilo que é mais sublime na vida, que é a justiça. Lula é injustiçado, mas está vivo conosco. Por isso, eu quero que vocês reúnem o coração e a alegria de ter o Lula pisando em Santa Catarina. Para trazer esperança ao povo catarinense”, disse Décio.

Concentração começou cedo

Por volta das 8h, caravanas de outros municípios catarinenses começaram a chegar à praça Tancredo Neves. As ruas que dão acesso ao local foram fechadas para o trânsito de veículos e monitoradas pela Guarda Municipal de Florianópolis.

Comerciantes posicionaram bandeiras do Brasil e do PT no entorno do espaço onde ocorreu o ato político. Houve longas filas para acessar à praça. Foi proibida a entrada com artefatos explosivos e os presentes passaram por revista.

Por volta das 8h30, apoiadores já começaram a se posicionar em frente ao palco onde Lula deve falar. O local foi fechado por grades e houve forte esquema de segurança para evitar ataques vindos de fora. A Polícia Federal e a Polícia Militar estiveram presentes no entorno.

A organização estima que 45 mil pessoas participaram do evento político. Já a Polícia Militar, divulgou que cerca de 18 mil apoiadores estiveram na praça Tancredo Neves.

Fonte: ND+
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