A investigação afirma que desde 2014 houve 122 episódios de tortura a políticos contrários à ditadura, ativistas sociais e militares considerados dissidentes. As atrocidades teriam contado com a participação de integrantes da direção de contra-inteligência militar e do serviço bolivariano de inteligência, em alguns casos sob ordens diretas de Maduro e do deputado Diosdado Cabello, nome forte do regime.
O relatório afirma que o Estado recorre aos serviços de inteligência para reprimir a dissidência no país. A missão da ONU também afirmou que houve assassinato, desaparecimentos forçados e torturas no Arco Mineiro do Orinoco, im projeto de mineração do governo venezuelano na Floresta Amazônica.
O grupo da ONU, que atua na Venezuela desde 2019, já havia alertado, há pelo menos dois anos, para violações contra a humanidade com aval da cúpula de Maduro. A missão ouviu 246 pessoas entre vítimas, familiares e ex-funcionários.