O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato ao terceiro mandato presidencial, afirmou em entrevista à revista inglesa The Economist que o partido dele, o PT, “está cansado de pedir desculpas” sobre os escândalos de corrupção.
O periódico fez um balanço sobre as propostas do petista para um novo mandato. A publicação contraria a afirmação de Lula e diz que a sigla não pediu desculpas.
"Muitos brasileiros comuns estão frustrados com a recusa de Lula em aceitar a responsabilidade pelas políticas que levaram à recessão, ou em se desculpar pelo papel do PT no escândalo de corrupção conhecido como Lava Jato", diz a revista The Economist.O texto ainda critica o governo de Dilma Rousseff (PT) e diz que o petista “gosta de lembrar” que brasileiros eram “felizes” nos governos dele, mas não reconhece que os problemas atuais começaram durante a gestão da protegida e sucessora dele.
A 12 dias para a realização do primeiro turno, Lula lidera as pesquisas de intenção de voto contra o principal opositor, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição. Nos últimos dias, a campanha petista tem investido na conquista de eleitores de centro e até em converter abstenções para tentar vencer a corrida ainda no primeiro turno.Segundo pesquisa Ipec, divulgada nesta segunda (19), Lula tem 47% das intenções de voto, com possibilidade real de vitória na primeira etapa do processo eleitoral. Em segundo lugar, Bolsonaro aparece com 31%. O levantamento foi contratado pela TV Globo.
A pesquisa ouviu 3.008 pessoas entre os dias 17 e 18 de setembro em 181 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-00073/2022.