"Neste grande estudo observacional, o café moído, instantâneo e descafeinado foram associados a reduções equivalentes na incidência de doenças cardiovasculares e morte por doença cardiovascular ou qualquer outra causa", disse o autor da pesquisa, Peter Kistle. Para ele, de agora em diante, o consumo leve e moderado do café deve ser considerado um estilo de vida saudável
A pesquisa contou com 449.563 participantes, entre 40 e 69 anos de idade, livres de arritmias ou outras doenças do coração. Os cientistas examinaram a ligação entre os tipos de café e arritmias incidentes, problemas cardiovasculares (doença cardíaca coronária, insuficiência cardíaca congestiva e acidente vascular cerebral isquêmico) e até mesmo a morte.Os voluntários preencheram um questionário em contavam quantas xícaras de café bebiam por dia e qual o tipo que mais consumiam. A maioria dos voluntário declarou optar pelo instantâneo (44,1%), seguido do café moído (18,4%) e o descafeinado (15,2%). Mais de 100 mil participantes, o equivalente a 22,4% do total, não bebiam café – o grupo serviu como comparação para a incidência de doenças
Mais de 100 mil participantes, o equivalente a 22,4% do total, não bebiam café – o grupo serviu como comparação para a incidência de doenças
Ao final, todos os tipos de café foram ligados a uma redução na mortalidade, independentemente da causa. A menor taxa foi observada em pessoas que consumiam de duas a três xícaras por dia, e os dados mostraram que, em comparação com aqueles que não bebiam café, o produto moído diminui o risco de morte em 27%, o descafeinado em 14% e o instantâneo em 11%.
Esses subtipos também foram associados a uma redução na incidência de doenças cardiovasculares, especialmente em quem opta por tomar de duas a três xícaras por dia. Em comparação àqueles que vivem com abstinência de café, a redução da probabilidade dessas doenças foi maior para o café moído (20%), acompanhado do instantâneo (9%) e descafeinado (6%)
Para Kistler, “a cafeína é o constituinte mais conhecido do café, mas a bebida contém mais de 100 componentes biologicamente ativos. É provável que os compostos não cafeinados tenham sido responsáveis pelas relações positivas observadas entre o consumo de café, doenças cardiovasculares e sobrevivência. Nossas descobertas indicam que beber pequenas quantidades de café de todos os tipos não deve ser desencorajado, mas pode ser apreciado como um comportamento saudável para o coração”