Uma pesquisa feita com pacientes de um seguro saúde dos Estados Unidos entre 2001 e 2014 mostrou que mulheres com menos de 44 anos têm mais probabilidade de sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) do que homens com a mesma idade.
O estudo ainda relatou que mulheres com complicações na gravidez, como parto prematuro, podem ter o risco aumentado para AVC mesmo após o período de gestação.
Exame AVC
O AVC, também conhecido como derrame, acontece quando os vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a morte da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.Existem dois tipos principais da doença: o AVC isquêmico, que corresponde a 85% dos casos, ocorre quando há obstrução de uma artéria impedindo a passagem de oxigênio para as células cerebrais.
Já o AVC hemorrágico ocorre quando há rompimento ou vazamento de uma artéria no cérebro, provocando sangramento. Em geral é mais grave que o AVC isquêmico e tem alto índice de mortalidade.Entre os principais sintomas estão dores de cabeça muito fortes, acompanhadas de vômitos, fraqueza ou dormência na face, braços e pernas, dificuldade de se movimentar, perda súbita da fala ou de compreensão e dificuldade ou perda da visão.
Atenção aos fatores de risco
Os fatores de risco da doença envolvem hipertensão, diabetes, tabagismo, consumo frequente de álcool e drogas, estresse, colesterol elevado, doenças cardiovasculares e sedentarismo.De acordo com o médico Ronan Araújo, 80% dos casos de AVC poderiam ter ser evitados a partir do controle dos fatores de risco e mudanças nos hábitos de vida.
“Controle da hipertensão arterial, tratamento do diabetes, redução nos níveis de colesterol e de peso, prática regular de exercícios físicos e manter a qualidade do sono são algumas dicas”, cita o médico.Algumas pessoas, infelizmente, estão mais propensas a sofrer AVC devido a fatores que não podem ser alterados, de acordo com o médico. São pessoas de mais idade e com histórico familiar de AVC.
“Mas vale destacar que o AVC não é inevitável. Existem medidas simples que podem ajudar a reduzir os riscos. Elas se resumem basicamente em adotar uma alimentação e hábitos de vida mais saudáveis, parar de fumar e evitar bebidas alcoólicas”, lembra o médico.Evitar carnes muito gordurosas e alimentos industrializados e ultraprocessados, reduzir o consumo de sal, aumentar a ingestão de alimentos fontes de fibra e tentar minimizar o estresse.
“Além disso, visite com frequência o seu médico nutrólogo e endocrinologista para tratar adequadamente problemas com colesterol, diabetes, hipertensão arterial e obesidade. São atitudes essenciais que ajudam a reduzir os riscos de AVC”, finaliza o médico.