SAÚDE - 25/11/2022 14:22

Homens respondem por 76,7% das mortes por uso de álcool no Brasil

Cirrose hepática é a principal causa dessas mortes entre a população masculina de todas as idades, mas impacto muda nas faixas etárias mais jovens
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Novembro marca o mês de atenção à saúde masculina e o CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), referência nacional no tema, chama a atenção para o impacto do consumo nocivo de álcool entre os homens no Brasil.

“Cuidar da saúde é um tabu para muitos homens e precisamos avançar na educação para o autocuidado. Este é um desafio que passa necessariamente pela prevenção do consumo abusivo de bebida alcoólica, cujos prejuízos vão além da ressaca do dia seguinte. A longo prazo essa ingestão pode trazer consequências desastrosas à saúde, como cirrose hepática, dependência e outras doenças crônicas”, ressalta Arthur Guerra, psiquiatra e presidente do CISA.

De acordo com análise inédita do CISA, com base em dados do Ministério da Saúde, um homem morre a cada dez minutos em razão do uso nocivo de álcool, no Brasil. Eles representaram 76,7% desses casos em 2020 (51.087 mortes).

A faixa etária mais impactada foi homens de 55 anos e mais (46%), seguida por 35 a 54 anos (32%), depois seguem 18 a 34 anos (19%) e de 0 até 17 anos (2%). As principais causas desses óbitos foram:

Interessante observar uma mudança das principais causas conforme a faixa etária: entre os homens a partir dos 35 anos destacam-se a cirrose hepática, transtorno por uso de álcool e acidente de trânsito; entre os brasileiros de 0 até 34 anos, as principais causas são violência interpessoal e acidente de trânsitos:

Homens respondem por 76,7% dos óbitos por uso de álcool no Brasil – Foto: Reprodução/ND

Em relação ao consumo abusivo de álcool, um dos padrões mais danosos para a saúde, há uma tendência de aumento desse consumo entre os homens no Distrito Federal, com uma variação média anual de 3%, e em Campo Grande (MS) de 3,3%, no período de 2010 a 2020. A boa notícia vem das capitais do Maranhão e Piauí, que apresentaram tendência de diminuição de 2,3% e 2,1%, respectivamente. No Brasil, a análise da década mostrou estabilidade.

Guerra explica que esse é um dos padrões de consumo mais perigosos à saúde e está relacionado a prejuízos de curto a longo prazo, correspondendo à ingestão de cinco ou mais doses* de álcool em uma única ocasião. “As consequências imediatas vão desde queda até envolvimento em brigas e sexo desprotegido. Porém, se frequente, pode aumentar os danos em diversos órgãos e sistemas, como trato gastrointestinal, fígado, pâncreas, sistema nervoso e sistema cardiovascular”.

Uma dose padrão de álcool equivale a 14g de álcool puro, correspondendo a 350 ml (uma lata) de cerveja, 150 ml (uma taça) de vinho ou 45 ml (shot) de destilado.

*Via CISA – Centro de Informações sobre Saúde e Álcool

Fonte: ND+
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