HOMICÍDIO - 28/11/2022 09:15

Presa a veículo, mulher morre após ser arrastada por mais de 1 km no RS

Segundo a Polícia Civil, motorista de 72 anos só parou quando carro que dirigia colidiu contra outro em um posto de combustíveis
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Segundo a Polícia Civil, motorista de 72 anos só parou quando carro que dirigia colidiu contra outro veículo / Divulgação / Polícia Civi

Uma mulher ainda não identificada pela Polícia Civil morreu após ser arrastada, presa a um Gol, por um trajeto de aproximadamente 1,12 km, na noite deste domingo (27), no bairro Marechal Floriano, em Caxias do Sul. A ocorrência foi registrada por volta das 19h40min. 

Segundo o delegado Rodrigo de Assis, que iniciou a investigação do caso, o motorista de 72 anos dirigiu, com parte do corpo da mulher para fora do veículo, pela Rua Bento Gonçalves, partindo do cruzamento com Rua José do Patrocínio. Ele foi até a Rua La Salle, seguiu até a Francisco Lermen e trafegou por mais três quarteirões até acessar a Rua Cristóforo Randon.

Conforme o delegado, o motorista só parou o carro quando colidiu contra outro veículo que estava em um posto de combustíveis. Ele foi preso em flagrante e será investigado por homicídio qualificado pelo meio cruel (que causa, desnecessariamente, maior sofrimento à vítima), e, segundo o delegado, por motivo torpe, pelo que se apurou até o momento. 

A vítima sofreu lesões no lado direito do corpo, sobretudo na perna, que foi parcialmente amputada, e também apresentava lesões no rosto quando foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ela foi conduzida até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, mas não resistiu. A identificação dela ainda depende da perícia.

— Pelas informações que obtivemos até o momento, ela seria garota de programa e, por algum motivo, eles se desentenderam dentro do veículo. Em dado momento ela foi jogada pra fora do carro, sendo arrastada — relata o delegado que refez o trajeto junto do indiciado, coletando informações de testemunhas e também a partir de imagens de câmeras de segurança de estabelecimentos próximos dos locais por onde o carro passou.

Assis ainda afirma que o homem foi detido no posto de combustíveis por populares, e agredido, até a chegada da Brigada Militar que o conduziu para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). Em depoimento inicial, alegou que estava estacionado no ponto inicial do percurso, quando teria sido abordado pela mulher, além de outras duas pessoas, em uma tentativa de assalto.

— Ele disse que não queria que ela entrasse no carro, que ela então se pendurou na porta e ele, então, acelerou. Mas testemunhas viram que parte do corpo dela estava dentro do carro, e também encontramos sangue dentro do veículo. Pela circunstâncias, dificilmente ela estaria fora. Ele também disse que parou algumas vezes no trajeto pra ela descer e que ela não quis sair. Só que o trajeto no qual ela foi arrastada é muito grande e, segundo testemunhas, o carro estava a uma velocidade que não era baixa — observa o delegado.

Ainda segundo informações levantadas pela polícia, a vítima estava vestida apenas com roupas íntimas. Provas coletadas ainda serão analisadas, incluindo laudos que comprovem se houve ou não relação sexual entre as partes. A causa da morte também deverá ser confirmada por necropsia.

Após prisão em flagrante, o delegado também encaminhou um pedido de prisão preventiva que ainda será analisado pela Justiça. 

— Ainda que ele alegue que não teve a intenção de matar, as circunstâncias do que ele fez demonstram que assumiu o risco e não se importou com o fato dela estar presa ao veículo — conclui Assis.

Fonte: Gaúcha / ZH
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