O pai delas, David da Silva Lemos, 28 anos, foi preso em flagrante em Porto Alegre por suspeita de ter sido o autor dos assassinatos.
— A motivação decorreu em razão de desavenças com a ex-companheira. Como forma de causar mal, vingança — afirma o delegado.
Ainda conforme o policial, o crime teria acontecido no fim da tarde de segunda-feira (12). As crianças tinham sido deixadas com o pai para passar o fim de semana na casa dele em Alvorada. A avó paterna havia saído para trabalhar, na segunda-feira, e foi quem localizou os corpos dos netos no final da tarde de terça.
Zenon afirma que a possibilidade de as vítimas estarem sedadas durante o crime realmente condiz com o que foi apurado no local. A faca usada nos homicídios foi aprendida na casa.
Foram mortas três meninas, de três, seis e 11 anos, e um menino, de oito anos. Todos eles eram filhos da mesma mulher, de quem Lemos estava separado há algum tempo.
O delegado confirmou que havia episódio de registro de violência doméstica e que a mulher chegou a ter medida protetiva de urgência contra o ex-companheiro. A polícia, contudo, ainda não conseguiu apurar se a ordem judicial estava em vigor.
Depois do crime, o pai teria seguido para Porto Alegre e e ainda trocou mensagens por telefone com as mães das crianças. O preso deixou o Palácio da Polícia às 8h50min, de onde foi conduzido ao sistema prisional.
A GZH, a Defensoria Pública do Estado afirmou que se manifestou no auto de prisão em flagrante, no Palácio da Polícia. Agora, seguirá o processo do inquérito policial, e o homem poderá constituir um advogado particular ou então seguir sendo atendido pela Defensoria Pública — neste caso, a instituição diz que irá atuar conforme seu dever constitucional.
Familiar das crianças pelo lado paterno, Ana Terezinha Guimarães Rosa, 53 anos, esteve no Palácio da Polícia durante a manhã desta quarta. Arrasada, disse que só foi ao local para saber se Lemos continuava preso.
A dona de casa, que é cunhada da avó paterna, relatou que as crianças chegaram a residir em Alvorada, mas após a separação dos pais passaram a morar na Capital com a mãe.
Sobre as vítimas, disse que a rotina deles se dividia entre a casa e a escola.