O número de presos pelas depredações às sedes dos Três Poderes em Brasília supera 400, informou na noite deste domingo (8) o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
Em postagem na rede social Twitter, ele classificou de “terroristas” os atos desta tarde e disse estar trabalhando para identificar todas as pessoas que participaram da manifestação que se transformou em depredação.
“Venho informar que mais de 400 pessoas já foram presas e pagarão pelos crimes cometidos. Continuamos trabalhando para identificar todas as outras que participaram desses atos terroristas na tarde de hoje no Distrito Federal. Seguimos trabalhando para que a ordem se restabeleça”, escreveu o governador.Venho informar que mais de 400 pessoas já foram presas e pagarão pelos crimes cometidos. Continuamos trabalhando para identificar todas as outras que participaram desses atos terroristas na tarde de hoje no Distrito Federal. Seguimos trabalhando para que a ordem se restabeleça.
O novo balanço representa um aumento em relação às detenções anteriores. Por volta das 20h, a Polícia Civil do Distrito Federal tinha informado que cerca de 170 pessoas estavam detidas.
Nomeado interventor na segurança pública do Distrito Federal, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, informou que está acompanhando pessoalmente a dispersão dos manifestantes da Esplanada dos Ministérios.A Polícia Militar e a Força Nacional de Segurança fizeram os grupos recuarem em direção à rodoviária do Plano Piloto.
Domingo marcado por invasões
O domingo foi marcado pelas invasões de manifestantes ao Congresso, STF (Supremo Tribunal Federal) e Palácio do Planalto, em Brasília (DF).Os manifestantes chegaram a subir a rampa do Congresso Nacional e invadiram a parte superior, onde ficam as cúpulas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Uma bandeira com as cores verde e amarela foi estendida no local.
Dentro do STF, os manifestantes quebraram o mobiliário. Uma multidão também cercou o Palácio da Alvorada.Lula está em Araraquara, no interior de São Paulo, e realizou uma reunião de emergência por videoconferência com os ministros da Defesa, José Mucio Monteiro, de Justiça, Flavio Dino e de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Em seguida, o chefe do Executivo nacional convocou coletiva para abordar as invasões e decretou intervenção federal no Distrito Federal até 31 de janeiro.