Durante a tarde desta terça-feira (17), a CNM (Confederação Nacional dos Municípios) apresentou um levantamento para saber o impacto que o pagamento do reajuste do piso dos professores deverá causar para os cofres das prefeituras. Em Santa Catarina, o custo será de R$ 1 bilhão por ano. Se considerar o reajuste do ano passado, que foi de 33%, o número chega a R$ 2,2 bilhões.
O reajuste para o magistério foi divulgado no Diário Oficial da União nesta terça, após ser aprovado pelo Ministro da Educação, Camilo Santana. O aumento é de 15%, passando de R$ 3.845 para R$ 4.420. Em todo país, o último reajuste custará R$ 19 bilhões e somando com o de 2022, quase R$ 50 bilhões.
A diretoria da Fecem (Federação de Consórcios, Associações e Municípios de Santa Catarina) divulgou uma nota falando que reconhecem a necessidade de valorizar o magistério, mas que foi uma decisão imposta pelo Ministério da Educação, em Brasília, sem pensar nos recursos das prefeituras. A instituição avalia formas de reverter essa decisão.
A CNM criticou o aumento e orientou aos prefeitos das cidades brasileiras a ignorarem o aumento de R$ 574,92 anunciado pelo governo federal. O presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, afirmou que reconhece a importância do aumento, mas tornaria “ingovernável e inviabilizaria a educação no Brasil”.