Foto: Reprodução / Corpo de Bombeiros SC
O número de vítimas de afogamento em praias e rios em Santa Catarina chegou a 24 – são três a mais que no boletim anterior. Segundo dados do Corpo de Bombeiros Militar, entre 17 de dezembro de 2022 – quando iniciou a Operação Veraneio 22/23- até o último domingo (15), 14 pessoas morreram em afogamentos registrados em praias e 10 em água doce.
No comparativo com os números divulgados no boletim anterior, Santa Catarina registrou três mortes em decorrência de afogamentos em uma semana. No último relatório, os Bombeiros contabilizavam 21 óbitos.
Já em relação ao mesmo período da operação realizada entre os anos de 2021 e 2022, o número total de mortes por afogamento permaneceu igual. Contudo, naquele período, a maioria das vítimas haviam morrido em afogamentos em água doce- foram 13, contra 11 em água salgada.
Todas as vítimas são homens
Ainda segundo o levantamento do Corpo de Bombeiros, nesta temporada a média de idade das vítimas é de 36 anos. Além disso, os socorristas informaram que todas as pessoas que perderam a vida em decorrência de afogamentos em locais públicos são homens.
Os dados constam na quarta edição do boletim da temporada da Operação Veraneio 22/23, divulgados nesta terça-feira (17).
Mortes por afogamentos registradas no mesmo período em operações anteriores:
- Operação 22/23: 14 em água salgada, 10 em água doce
- Operação 21/22: 11 em água salgada, 13 em água doce
- Operação 20/21: 7 em água salgada, 11 em água doce
- Operação 19/20: 9 em água salgada, 17 em água doce
Crianças perdidas
Apesar do cenário, nesta temporada o Corpo de Bombeiros informou que intensificou as atividades de prevenção, com aumento de 62% em relação a última temporada.
Porém, o que também tem aumentado são as ocorrências de crianças perdidas neste ano. Segundo os dados do boletim, foram 1.135 nesta temporada, contra 988 na anterior.
Por conta disso, os bombeiros militares pedem que os pais e responsáveis não deixem crianças sozinhas nas praias, pois em questão de segundos pode acontecer uma tragédia. “Podem ser solicitadas as pulseiras de identificação aos guarda-vidas nos postos”, alertam os socorristas.
Acidentes com águas-vivas
O crescimento de acidentes que envolvem águas-vivas também tem gerado preocupação. Nesta temporada, as ocorrências desta natureza foram quase três vezes maior que na temporada anterior. Até o momento, os bombeiros registraram 7.494 acidentes, contra 2.511 da operação passada.
Segundo orientação dos Bombeiros, é fundamental que os banhistas verifiquem se há a bandeira lilás no posto de guarda-vidas antes de entrar no mar, pois ela indica a presença das águas-vivas.
Além disso, informam que em caso de ferimento a pessoa deve procurar um posto de guarda-vidas, pois os profissionais prestarão os primeiros atendimentos. “Em caso de ferimentos por águas-vivas deve ser colocado vinagre no local”, orientam.
Situação das praias em SC
As condições de balneabilidade também devem ser analisadas pelos banhistas. Em Santa Catarina, dos lugares analisados no litoral, 51,05% foram considerados aptos para mergulho.
De acordo com o último relatório do IMA (Instituto do Meio Ambiente), entre os 237 pontos verificados, 121 foram considerados próprios.
Outros 116 estavam impróprios. Nas praias do Norte de Florianópolis, por exemplo, 18 pontos ainda estão impróprios para banho, dos 22 pontos analisados nas praias de Canasvieiras, Jurerê e Ingleses.
