DEPOIMENTO ADIADO - 23/01/2023 14:03 (atualizado em 23/01/2023 14:33)

Moraes determina realização de depoimento de Anderson Torres à PF em 2 de fevereiro

Na primeira oitiva, ex-ministro ficou em silêncio
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Anderson Torres foi preso ao voltar ao Brasil (Foto: Valter Campanato, Agência Brasil)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal realize a oitiva do ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro e ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal, Anderson Torres, em 2 de fevereiro, às 10h30min.
Moraes acatou pedido feito pela defesa de Torres, que solicitou acesso aos inquéritos 4879 (que apura atos antidemocráticos) e 4781 e 4874 (que investiga milícias digitais), como condição para prestar depoimento.
Uma primeira tentativa foi feita na última quarta-feira, 18, quando o ex-ministro ficou em silêncio. A defesa então solicitou a remarcação para esta segunda-feira, 23, às 10h30, mas o procedimento não foi realizado porque Moraes ainda não havia concedido acesso aos autos. O adiamento cumpre uma determinação de Moraes. 
Como os inquéritos 4781 e 4879 são sigilosos, o acesso deverá ser agendado previamente e será fornecido por meio de cópia digitalizada, com marca d'água identificando o destinatário, que deverá manter o sigilo. No despacho, Moraes destacou que o inquérito 4874, por sua vez, já é público. O magistrado ainda intimou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a acompanhar o caso.
O inquérito investiga se houve omissão por parte de Torres na gestão da segurança durante os atos extremistas. Isso porque ele era o secretário de Segurança Pública do DF à época e não estava no Brasil, mesmo com as manifestações programadas pelas redes sociais. Na ocasião, Torres viajou aos Estados Unidos de férias antes mesmo do período programado no Diário Oficial e em meio à programação de invasão. Depois disso, foi obrigado a retornar e foi preso ao desembarcar em solo brasileiro. 
Mais inquéritos 
Moraes aceitou mais três pedidos da Procuradoria-Geral da República para investigar os responsáveis pelos atos golpistas realizados em Brasília.  As apurações abrangem executores, instigadores e autores intelectuais dos atos.
Ao todo, a PGR apresentou sete pedidos de abertura de inquérito ao STF. O objetivo é sistematizar a investigação em quatro núcleos, para identificar e responsabilizar executores materiais, financiadores, autores intelectuais e autoridades públicas envolvidas.
Fonte: Correio do Povo
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