Uma mulher foi condenada a nove anos de prisão em Navegantes por quase ter incendiado uma igreja e perseguido um padre. Conforme a denúncia, primeiro, a mulher mandava cartas e presentes ao pároco. Como não recebeu nenhuma resposta, passou a ameaçá-lo nas redes sociais e pessoalmente.
Conforme informações do processo judicial, há mais de cinco anos a mulher fazia as demonstrações de afeto, mas não teve retorno. Com isso, passou a frequentar ainda mais as missas. Na igreja, ameaçava o padre de agressões físicas e psicológicas. Em alguns episódios, chegou a usar fotos da família do religioso como forma de intimidação.
Em maio do ano passado, ela ateou fogo no depósito de gás do salão paroquial da igreja matriz da cidade. O nome do município não foi revelado a pedido da juíza Marta Regina Jahnel, mas ele está localizado no Vale do Itajaí.Seis dias depois do incêndio isolado, durante a celebração de uma missa, ela voltou ao local e colocou fogo em uma cruz. A autora foi presa preventivamente naquele mesmo mês. Agora, permanece detida e não pode recorrer em liberdade.
Pelos incêndios em edifício público e em depósito inflamável e pela perseguição, a mulher foi condenada a nove anos e 10 meses de reclusão, em regime fechado, além de pagamento de multa. A decisão é da juíza Marta.A defesa da ré chegou a alegar que a fiel estava em surto psicótico, em posição de inimputabilidade. No entanto, os exames de sanidade mental mostraram o contrário ao atestar que ela "apresentava à época dos fatos capacidade de entendimento dos seus atos e capacidade de se determinar de acordo com esse entendimento".
A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (10). Cabe recurso.