A mulher encontrada morta e enterrada debaixo da própria casa nesta semana em Ituporanga foi sepultada na manhã de sexta-feira (10), no Alto Vale do Itajaí. A família da jovem, identificada como Jéssica Rayara, chegou a fazer uma vaquinha para arrecadar dinheiro e levar o corpo da vítima até Pernambuco, onde ela nasceu. Como o valor não foi alcançado, os parentes permitiram que o funeral ocorresse em Santa Catarina.
Aos 22 anos, Jéssica morava em Ituporanga com os filhos e o companheiro desde o ano passado, conforme apurado pelo g1. Antes disso, ela vivia em Ipubi (PE). Segundo o delegado Fernando Padilha Figueiredo, a mulher saiu do local em que nasceu para trabalhar com agricultura no Estado catarinense.
No momento, os filhos da jovem, de 2 e 5 anos, estão em uma casa de apoio na cidade do Alto Vale, conforme conta a irmã, Cicera Vanessa da Silva. Os familiares aguardam apenas uma decisão da Justiça para que eles sejam encaminhados ao estado natal de Jéssica.
Cicera descreve a irmã como uma "supermãe".— O que mais gostava era de estar sempre com os filhos, cuidando [deles], e entre a família — afirmou ao g1.
Como e quando ocorreu o crime?O corpo de Jéssica foi localizado embaixo da casa onde morava, em Ituporanga, no fim da tarde de terça-feira (7). Segundo o delegado à frente das investigações, as crianças foram encontradas sozinhas dentro da residência no dia anterior.
Qual foi a causa da morte?A Polícia Civil ainda não divulgou o que pode ter causado a morte de Jéssica. Na sexta, o g1 tentou contato com a delegacia para saber atualizações sobre o caso, mas não houve retorno.
Alguém é investigado pelo crime?
O companheiro da jovem é suspeito de ter cometido o assassinato da mulher. Ele é investigado por feminicídio e está preso temporariamente. O homem, encontrado pelos policiais no alojamento do irmão que fica próximo à casa da família, foi detido na mesma noite em que localizaram o corpo da vítima.A vítima já havia denunciado o parceiro por violência doméstica?
Há registros de que, em 2022, Jéssica denunciou o companheiro após ter sido vítima de violência doméstica, conforme a Polícia Civil. O delegado Padilha também relatou que, na época, ela não apresentava lesão e também não chegou a indicar testemunhas.— Foi intimada por diversas vezes e não compareceu a nenhuma delas para prestar esclarecimentos — explicou.