A ponte pênsil que liga as cidades de Torres (RS) a Passo de Torres, no Sul catarinense, já havia caído uma outra vez. O fato ocorreu em 1984, durante um evento de inauguração. Na época, dezenas de pessoas caíram no Rio Mampituba, mas ninguém ficou gravemente ferido.
Na madrugada desta segunda-feira (20), o episódio se repetiu. Segundo a Prefeitura de Torres, o acidente aconteceu, por volta das 2h20, devido ao excesso de pessoas que haviam nela.
Bombeiros estimam que mais de 50 pessoas passavam pela ponte no momento do acidente. No local, conforme a prefeitura, há placas informativas sobre a capacidade máxima de 20 pessoas por vez.Imagens mostram, além da quantidade excessiva de pedestres, jovens se balançando e pulando sobre a ponte, o que é proibido por placas. Conforme apurado, alguns deles retornavam de uma festa de Carnaval, em Passo de Torres.
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Estão sendo iniciada perícias na ponte, mas foi confirmado que houve um excesso de peso na ponte. As filmagens e os relatos comprovam isso”, explicou o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros do RS, Rodrigo Pierozan.
Até o momento, conforme a corporação, há apenas uma pessoa desaparecida, mas não há confirmação de que estava na ponte do momento do acidente. A vítima seria um jovem.
Manutenção há três dias
Segundo a Prefeitura de Passo de Torres, eram realizadas com frequência a manutenção dos cabos de sustentação das cabeceiras e a troca de pranchas de madeira.
Ainda na sexta-feira (17), conforme a administração municipal, houve uma manutenção preventiva com reparo nos cabos, tirantes, tela e estrados.“Não tínhamos relatos nem sinal que houvesse algum tipo de dano na estrutura que gerasse um acidente dessa natureza. O que se percebe é que foi uma sobrecarga no número de pessoas”, complementou o prefeito de Torres, Carlos Souza.
O chefe do Executivo também destacou a presença de sinalizações no local. “Nós temos as sinalizações nas duas cabeceiras bastante visível que limita e informa a capacidade e número de pessoas”, informou.Medidas pós-acidente
A prefeitura já estuda adotar algumas medidas para evitar novos acidentes. “Vamos avaliar que medidas preventivas nos podemos fazer, como sugestão nos deram, por exemplo, em grandes eventos como Carnaval e Réveillon fechar o acesso”, disse.