Os parlamentares de Santa Catarina contribuíram com 14 assinaturas, das 198 necessárias, para a instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) de 8 de janeiro, quando milhares de manifestantes, insatisfeitos com o resultado da eleição presidencial, invadiram os órgãos públicos federais, em Brasília, e depredaram as sedes dos Três Poderes, resultando em centenas de prisões.
O gabinete do deputado André Fernandes (PL-CE), que propôs a instalação, indica que o parlamentar conseguiu 15 votos a mais, sendo 171 na Câmara e 32 no Senado, para instalar a CMPI, até 21h de domingo (26).A instalação precisa da assinatura de 1/3 dos deputados federais (171) e 1/3 dos senadores (27). Dos 16 deputados catarinenses, 12 estão a favor da CPMI e quatro não. Dos três senadores, dois são favoráveis e uma ainda não.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou, numa rede social, que o presidente do Senado, [Rodrigo Pacheco (PSD-RO], deve criar a comissão na próxima sessão do Congresso, marcada para amanhã.
Posicionamento de representantes do Estado foi cobrado nas redes sociais
Senador eleito em 2022, Jorge Seif (PL) também celebrou a coleta de assinaturas: “A verdade dos fatos será esclarecida. Nós, da direita, ao longo dos anos, fizemos dezenas de manifestações, sem baderna, sem vandalismo, sem lixo no chão, tudo de forma ordeira, pacífica, respeitosa e com nossas famílias. Sabemos bem quem pratica vandalismo e agora vamos investigar e provar ações e omissões”, disse usando as redes sociais.Os parlamentares catarinenses estão sendo cobrados nas redes sociais, em especial os que não apoiaram a instalação da CPMI. A reportagem questionou os congressistas que não assinaram a proposta e somente o deputado Valdir Cobalchini (MDB) e a senadora Ivete da SIlveira (MDB) confirmaram à reportagem porque não assinaram.
“Precisamos virar a página. Passou a eleição, chega de briga, de radicalismos. O caminho deve ser o bom senso e o diálogo. Pacificação já!”, declarou Cobalchini.A senadora Ivete da Silveira, por sua vez, não assinou porque não recebeu a lista: “Como não me procuraram, não assinei e, de qualquer forma, sou uma pessoa que analisa muito qualquer situação para fazer a coisa certa. Quero fazer o certo por Santa Catarina e pelo Brasil”, declarou.