Saúde - 04/03/2023 19:21

Crescem registros de síndrome respiratória grave em SC e maioria dos casos é entre crianças e adolescentes

Dados foram divulgado nesta sexta-feira (3) em novo boletim da Fiocruz
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Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) cresceram em Santa Catarina nas últimas seis semanas, segundo o monitoramento da Fiocruz divulgado em novo boletim nesta sexta-feira (3). A alta foi registrada principalmente entre crianças e adolescentes do Estado.
De acordo com a Fiocruz, os dados laboratoriais inseridos no sistema do governo federal não permitem ainda identificar se os casos infantojuvenis estão associados à Covid-19 ou à gripe. Já a causa da concentração de registros pode estar relacionada com o baixo índice de vacinação da faixa etária, conforme a médica infectologista Carolina Ponzi.
— As coberturas vacinais para diversas doenças, inclusive Influenza, Covid-19 e pneumocócica, sofreram diminuição muito grande nos últimos anos. E isso pode estar contribuindo também para o aumento das infecções respiratórias — avalia a especialista.
Com relação à imunização contra o coronavírus, apenas 39,6% da população catarinense com menos de 18 anos completou o esquema vacinal primário, segundo os dados disponibilizados pelo governo do Estado no Vacinômetro. Na faixa etária dos bebês às crianças de quatro anos, cerca de 6,75% recebeu a primeira dose.
Na avaliação nacional, Santa Catarina faz parte do grupo de 16 estados com tendência de crescimento de SRAG à longo prazo, considerando os dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 27 de fevereiro. Ainda segundo a infectologista, esse conceito estatístico usa como base o comportamento da doença para estimar a direção da doença nas próximas semanas.
Já entre as capitais brasileiras, Florianópolis também registrou crescimento de atendimentos relacionados à SRAG nas últimas seis semanas. No total, 18 capitais apresentaram esse aumento. A variação foi avaliada como "oscilação natural em período de baixo volume de casos, sem apresentar um sinal consistente de alta, ou concentrado apenas na população infantil", de acordo com o boletim.
No Brasil, o cenário geral é de alta no registro de casos tanto a curto quanto a longo prazo, principalmente nos estados de São Paulo e Amazonas. A Fiocruz ainda aponta que outras regiões já começam inclusive a apresentar aumento de pacientes idosos, possivelmente associado ao coronavírus.

Vacinação ainda é a melhor prevenção

Diante do cenário nacional, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, reforça que melhor prevenção às doenças relacionadas à SRAG é a adesão da campanha de vacinação. Ele ressalta que especialmente para os grupos prioritários, como idosos e pessoas com comorbidades, a dose de reforço contra a Covid-19 pode ser essencial para evitar o agravamento da doença.
— O sinal que se inicia na população idosa é um reflexo de que o vírus pode estar ganhando força novamente, aumentando assim a sua transmissão — explica Gomes.

Fonte: NSC
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