Cerca de 40 deputados federais se reuniram no Salão Verde da Câmara Federal para anunciar o pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre eles, quatro catarinenses assinaram a coautoria do pedido: Caroline de Toni, Daniel de Freitas, Daniela Reinehr e Júlia Zanatta, todos do PL-SC.
Embasamento do pedido de impeachment
O embasamento do pedido é o possível crime de responsabilidade, omissão e prevaricação do presidente Lula diante da informação de que o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), General Gonçalves Dias, estava no Palácio do Planalto durante a invasão de manifestantes que depredaram o local.
O documento de quase 90 páginas, com longo arquivo de fotos e reportagens divulgadas na imprensa sobre o assunto, tenta provar que o atual presidente teria omitido a participação do ministro do governo.
“Os fatos narrados são gravíssimos e indicam a possível ocorrência de crimes de responsabilidade por parte do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Conforme a Lei nº 1079/50, que define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento, são considerados crimes de responsabilidade aqueles cometidos pelo Presidente da República que atentem contra a segurança interna do país”, afirma um trecho do texto.
Questionado sobre o pedido e as afirmações da oposição, o PT (Partido dos Trabalhadores) não enviou nota oficial, mas compartilhou a posição de alguns membros.
Para eles, o impeachment proposto por golpistas é fake news, e a tese não se sustenta na realidade. Os parlamentares defendem que os atos golpistas de 8 de janeiro estão sendo investigados pelo STF, Polícia Federal, Ministério Público e agora a CPMI do Golpe vai aprofundar as investigações. Eles afirmam ainda que todos os que participaram serão punidos.
