LEVANTAMENTO - 26/05/2023 09:03

Família, filho e gravidez: só 15% dos brasileiros com mais de 16 anos conseguem estudar, diz estudo

Evasão escolar por esses motivos é maior entre mulheres (13%), moradores do Nordeste (14%) e das capitais (14%), diz estudo
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Uma pesquisa de opinião realizada pelo Sesi e pelo Senai mostra que só 15% dos brasileiros com mais de 16 anos afirmam estar matriculados em alguma instituição de ensino. O estudo ouviu 2 mil pessoas com mais de 16 anos de todos os estados do país. Para 18% dos jovens de 16 a 24 anos, a razão para deixarem de estudar é a gravidez ou nascimento de uma criança. A evasão escolar por gravidez ou filho é maior também entre mulheres (13%), moradores do Nordeste (14%) e das capitais (14%) — o dobro da média nacional, de 7%.
Entre os que não estudam atualmente, apenas 38% alcançaram a escolaridade que desejavam e 57% não tiveram condições de continuar os estudos por diferentes motivos, sendo o principal deles precisar trabalhar para manter a família (47%).
Veja destaques da pesquisa
· Só 15% dos brasileiros com mais de 16 anos afirmam que estudam atualmente (ensino fundamental, ensino médio, técnico, superior ou pós-graduação) 
· A necessidade de trabalhar é o principal motivo (47%) para a interrupção dos estudos
· Entre os jovens de 16 a 24 anos, 18% interromperam os estudos por gravidez ou por filho
· Entre as etapas de formação, a alfabetização aparece em primeiro lugar (23%) na lista do que deve ser prioridade para o governo, seguida por creches (16%) e ensino médio (15%)
· A alfabetização tem a pior avaliação de qualidade e o ensino técnico é o mais bem avaliado
· A educação pública é vista como boa ou ótima por 30% da população, índice que sobe para 50% para a educação privada
Estuda atualmente?
Cerca de 1 em cada 10 alunos é reprovado (4,7%) ou abandona (4,2%) a escola no primeiro ano do ensino médio. O índice de reprovação cai para 3% no terceiro ano, mas o de abandono sobe para 4,7%, segundo dados do Censo Escolar 2021.
· Índice de quem está estudando é maior no Nordeste (18%) e menor no Sul (10%)
· Taxa é maior na capital (17%) e menor em região metropolitana (9%)
· Entre os que estudam, só 16% estão no ensino a distância. O EaD está mais presente no Sul (24%) que no Nordeste (13%)
O que deve vir primeiro
A alfabetização aparece em primeiro lugar na lista das etapas que devem ser prioridade para o governo, apontada por quase um quarto (23%) dos brasileiros, segundo a pesquisa. As creches aparecem em segundo lugar nas prioridades, com 16%; o ensino médio em terceiro, com 15%; e o ensino superior somente em sexto, com 6%. As entrevistas, realizadas pelo Instituto FSB Pesquisa, ocorreram em dezembro. No geral, 23% avaliam a educação pública como ruim ou péssima e só 30% a avaliam como ótima ou boa. Já a educação privada é avaliada como boa ou ótima por 50% dos entrevistados.
Fonte: Correio do Povo
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