A campanha nacional de vacinação contra a influenza termina nesta quarta-feira (31). No entanto, só em Santa Catarina, mais de 1,7 milhão de pessoas da população prioritária para receber a vacina da gripe ainda não se vacinou. Os dados são do site oficial do Ministério da Saúde. 
De acordo com a SES-SC (Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina), a campanha no Estado irá até quando durarem os estoques, mas a pasta não tem dados das quantias em cada município. Assim, não é possível precisar até quando irão durar os imunizantes.
O índice de imunização em Santa Catarina está tão baixo que somente 40% das gestantes, que fazem parte da população prioritária e são consideradas de risco para a doença, tomaram a vacina.
Atualmente, qualquer pessoa pode tomar a vacina contra a gripe em Santa Catarina. Os locais de vacinação dependem de cada município, mas geralmente acontecem nas Unidades Básicas de Saúde.
Vacina ajuda a evitar formas graves da doença
De acordo com o médico infectologista Amaury Mielle, a vacina contra a doença é muito importante para ajudar a evitar as formas mais graves do vírus.
“A importância é clara. A gripe como qualquer doença respiratória é transmissível e tem contexto social. A vacinação não só protege quem está sendo vacinado, mas toda a sociedade. Estamos vivendo com a influenza há muito tempo. Agora estamos com muitos vírus circulando impactando os quadros clínicos. É só pararmos para ver as UTIs que estão abarrotadas de crianças com infecções respiratórias”, fala.
Nesta terça-feira (30), haviam apenas 5 leitos disponíveis para crianças em Santa Catarina. Três para UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal e dois para crianças. Os dados são do portal oficial da SES. 
Segundo o médico, é importante lembrar que nenhuma vacina traz 100% de eficácia, mas que, com certeza, é capaz de contribuir para que toda a sociedade não se contamine e transmita a doença, evitando que o vírus circule ainda mais.
“Estamos com o vírus influenza circulando desde dezembro de 2021. Passamos o ano todo de 2022 identificando bastante casos. Estamos em maio e continuamos vendo pessoas evoluindo para casos graves”, finaliza.