O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta terça-feira (20) que o programa do governo federal de descontos para veículos vai ser encerrado assim que os R$ 500 milhões reservados pelo Executivo para bancar a medida acabarem. No entanto, ele afirmou que o governo pode avaliar se é possível prorrogar a iniciativa.
"Isso vai ser decidido um pouco mais à frente. Provavelmente, essa não é uma decisão definitiva, mas acabou os R$ 500 milhões, acabou o programa, o estímulo", afirmou Alckmin.
Apesar de não garantir a continuidade do programa, ele frisou que, enquanto não houver redução da taxa básica de juros da economia, a Selic, o governo quer manter os estímulos para que a população compre um carro novo. "Enquanto os juros não caem, — nós temos certeza de que ele vai cair —, vamos ajudar para que o consumidor possa ter acesso", disse.
Ainda de acordo com o presidente em exercício, o atual patamar da Selic atrapalha o trabalho da indústria automobilística. "O que o governo fez foi dar um crédito tributário, reduzir o valor (dos carros) de R$ 2 mil a R$ 8 mil. Por quê? Porque 50% da indústria estava ociosa. Ia demitir. Fazer layoff. E o porquê disso? Juros alto”, reclamou.
O volume de recursos solicitados pelas montadoras para o programa do carro mais barato já alcançou R$ 320 milhões, segundo informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços na segunda-feira (19), quase 70% do total previsto para a iniciativa.
Alckmin destacou que o programa tem sido um "sucesso" e é uma chance para a redução da carga tributária no país. "[O programa] mostrou o seguinte: reduz um pouco a carga tributária que vende mais", destacou.