Um homem foi condenado a mais de 21 anos de prisão por derrubar o sobrinho de uma moto com uma paulada e depois assassiná-lo usando uma espécie de adaga. O crime ocorreu em uma aldeia indígena em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, e teria sido motivado por uma briga envolvendo a demissão da vítima da empresa onde os dois trabalhavam. A decisão ainda cabe recurso.
O caso ocorreu em abril de 2022. De acordo com a denúncia, o réu estava armado com uma “adaga” e um pedaços de madeira intimidando pessoas que transitavam pela rua. Em determinado momento, o sobrinho passou pelo local em uma motocicleta. O tio, então, teria o derrubado do veículo após dar uma paulada no rosto da vítima.
Com o sobrinho no chão, o réu deu um golpe com a “adaga” no abdômen dele, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A arma usada no crime nunca foi localizada.
Durante o depoimento, o acusado informou que trabalhava com a vítima na mesma empresa e teriam brigado após ela ter sido despedida. Ele alegou que o sobrinho acreditava que a saída teria ocorrido por influência do tio, que teria falado mal dele ao superior.
A sessão do Tribunal de Júri ocorreu em 15 de junho. Ele foi condenado a 21 anos e quatro meses de reclusão, em regime fechado, por homicídio qualificado — motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.Além disso, a Justiça negou o direito do homem de recorrer em liberdade, levando em conta um pedido de habeas corpus julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em que a decisão levantou a possibilidade de prisão imediata do réu em caso de condenação. Ainda segundo a decisão, o réu já tinha uma condenação por outro delito violento e que seu “comportamento preocupava toda a comunidade onde morava”.