Com o fim da campanha de vacinação contra a influenza em todo o país na sexta-feira (30), Santa Catarina atingiu 50,4% do público-alvo, ficando abaixo do esperado. A situação preocupa se confrontada com dados das influenzas A e B em 2023 no estado: são 468 casos confirmados e 31 mortes. A vacina segue disponível nos postos de saúde enquanto durarem os estoques.
Em comparação aos últimos cinco anos, inclusive aos anos antes da pandemia, percebe-se um aumento significativo no número de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por influenza nos primeiros meses do ano de 2023.
De acordo com a gerente de imunização da Dive/SC, Arieli Schiessl Fialho, esse cenário indica uma transmissão acelerada, que pode se intensificar considerando o período de sazonalidade na transmissão dos vírus respiratórios.
Entre as 31 mortes pela doença, cinco foram crianças, sendo uma de 8 anos, uma de 1 ano de idade e três com menos de 1 ano. Destas, três não apresentavam nenhum tipo de comorbidade.
O grupo das crianças, incluído entre os prioritários, vacinou somente 40% do público-alvo em Santa Catarina, sendo aplicadas 234.981 doses das 534.799 esperadas.
Medidas de prevenção orientadas pela Dive/SC
Lavar as mãos com frequência;
Evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas;
Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
Evitar tocar mucosa de olhos, nariz e boca;
Manter superfícies e objetos que entram em contato frequente com as mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos limpos com álcool;
Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres;
Atenção aos sintomas: febre, tosse, dor de garganta e dores nas articulações musculares ou de cabeça. É fundamental ao apresentar esses sinais/sintomas, procurar o serviço de saúde mais próximo da residência para o tratamento adequado, em especial os portadores de fatores de risco para agravamento e óbito (idosos, crianças, doentes crônicos etc.), pois estes têm maior probabilidade de apresentar complicações quando infectados pelo vírus influenza.