O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, nesta quarta-feira (12), sua participação em um suposto plano para impedir a posse de seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, em declarações à Polícia Federal (PF) em Brasília. Bolsonaro chegou à sede da PF por volta das 13h40 e deixou o prédio quase três horas depois, segundo a mídia local. "Não tinha nenhum plano", disse o ex-mandatário a jornalistas durante sua saída.
O senador Marcos do Val (Podemos-ES), que era aliado do então presidente, disse, em fevereiro, aos meios de comunicação, ter participado de uma suposta reunião com Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) em dezembro, na qual tramou-se um plano para impedir a chegada de Lula ao poder. O suposto plano, segundo do Val, consistia em forçar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, a dizer algo comprometedor e gravá-lo secretamente para incriminá-lo.
Há duas semanas, Bolsonaro foi declarado inelegível por oito anos pelo TSE por ter "abusado do poder" ao disseminar desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro. O ex-presidente, que ficou excluído das próximas eleições presidenciais em 2026, enfrenta mais de uma dezena de outros processos administrativos no tribunal eleitoral e é alvo de cinco investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), com possíveis penas de prisão.