GREVE - 14/07/2023 09:19 (atualizado em 14/07/2023 10:13)

Atores de Hollywood entram em greve nos EUA e se unem aos roteiristas

É a primeira vez que dois grandes sindicatos de Hollywood estão em greve ao mesmo tempo desde 1960
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O sindicato de atores de Hollywood votou ontem para se unir aos roteiristas na primeira greve conjunta em mais de seis décadas, encerrando a produção em toda a indústria do entretenimento depois que negociações de um novo contrato com os estúdios e serviços de streaming foram interrompidas.

Duncan Crabtree-Ireland, diretor executivo do SAG-AFTRA, o sindicato dos artistas de rádio, TV e cinema, disse em coletiva de imprensa que a liderança sindical votou pela paralisação horas depois que seu contrato expirou e as negociações foram interrompidas com a Alliance of Motion Picture and Television Producers, que representa empregadores, incluindo Disney, Netflix, Amazon e outros.

"A greve é um instrumento de último recurso", afirmou. É a primeira paralisação de atores de filmes e programas de TV desde 1980. E é a primeira vez que dois grandes sindicatos de Hollywood estão em greve ao mesmo tempo desde 1960, quando Ronald Reagan era o presidente do sindicato dos atores.

EMMY

Como a paralisação se aproximando, a estreia de 'Oppenheimer", de Christopher Nolan, em Londres, foi antecipada em uma hora para que o elenco pudesse andar no tapete vermelho antes do anúncio do conselho do SAG. A greve iminente também lançou uma sombra sobre o próximo 75.º Emmy Awards, cujas indicações foram anunciadas na quarta-feira, 12. O chefe da Disney, Bob Iger, alertou ontem que uma greve de atores teria um "efeito muito prejudicial em toda a indústria".

Uma extensão do contrato e negociações por quase duas semanas apenas aumentou a hostilidade entre os dois grupos. Antes das negociações começarem em 7 de junho, os 65 mil atores votaram esmagadoramente pela paralisação, como fez o Writers Guild of America, o sindicato dos roteiristas, quando seu acordo expirou há mais de dois meses. Quando o prazo inicial se aproximou no final de junho, mais de mil membros do sindicato, incluindo Meryl Streep, Jennifer Lawrence e Bob Odenkirk, acrescentaram suas assinaturas em uma carta que sinalizava aos líderes sua disposição de entrar em greve.

Agora, as demandas de ambos têm semelhanças em questões como melhores condições de trabalho, pagamento justo de royalties residuais de plataformas de streaming e transparência no processo de cálculo desses valores, bem como regulamentação do uso de inteligência artificial (IA).
Fonte: Correio do Povo
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