Inclusão - 02/08/2023 15:08

Em SC, 3 a cada 10 pessoas com deficiência estão no mercado de trabalho

O rendimento salarial médio de pessoas com deficiência em Santa Catarina é o segundo maior do país e a taxa de informalidade é a menor entre os estados brasileiros
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Os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2022) mostram que Santa Catarina tem 135 mil pessoas com deficiência inseridas no mercado de trabalho. Isso significa que três a cada dez trabalhadores com deficiência estão em atuação no estado.

O rendimento médio desses trabalhadores também está entre os mais altos do país, correspondendo a uma média R$ 3.304, contra R$ 1.913 da média nacional. Além disso, os dados do PNAD mostram que Santa Catarina é o estado que apresenta a menor taxa de informalidade (37,8%) em relação ao trabalho de pessoas com deficiência.

No entanto, apesar da menor taxa de informalidade entre os estados brasileiros, o desemprego para pessoas com deficiência em Santa Catarina ainda alcança um índice elevado: 6,9%. Isso é quase o dobro do índice de desemprego das pessoas sem deficiência (3,7%).

Esse recorte inédito do PNAD impulsionou uma análise detalhada do Observatório da FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina) para correlacionar aspectos como renda, trabalho e educação da pessoa com deficiência no estado.

Para se ter uma ideia, em Santa Catarina há 499 mil pessoas com deficiência, conforme aponta o IBGE, sendo 221 mil são homens e 278 mil mulheres, o que corresponde a 6,9% da população do estado a partir dos dois anos de idade.

Quanto ao grau de escolaridade das pessoas com deficiência no estado, 26% delas concluíram o ensino básico. Para  pessoas sem deficiência, esse índice é de 56,9%. Já em relação ao ensino médio, seis a cada dez pessoas com deficiência não concluíram essa etapa.

Por outro lado, Santa Catarina possui a segunda menor taxa de analfabetismo entre pessoas com deficiência (9,9%), em um ranking liderado pelo Distrito Federal (8,8%). A média nacional para esse público é de 20%, conforme destacou Mariana Guedes, economista do Observatório da FIESC.

Nesse sentido, o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destaca também o apoio da Instituição nas contratações de pessoas com deficiência no estado. O Portal da Inclusão da FIESC, por exemplo, oferece mais de 500 vagas exclusivas para pessoas com deficiência, além de cursos para qualificação.

Vale lembrar ainda que, na terça-feira (1º), o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, esteve em Florianópolis para divulgar o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência “Viver sem Limite 2”, que deve ser finalizado em setembro.

O ministro cumpriu agenda na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e no IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) falando das ações relacionadas à inclusão de pessoas com deficiência. De acordo com Silvio, serão 99 ações relacionando acessibilidade, emprego e renda para essa parcela da população brasileira.

A secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a catarinense Anna Paula Feminella, reforçou ainda que esse é o maior Plano de garantia dos direitos das pessoas com deficiência já visto no Brasil.

Fonte: ND+
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