Após permanecer por 12 meses em 13,75% ao ano, o maior patamar desde 2017, a taxa Selic caiu pela primeira vez em três anos e passa a figurar em 13,25% ao ano pelo menos até a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), marcada para setembro.
“Existe um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas de juros cobradas aos consumidores, que na média da pessoa física atingem 126,26% ao ano, provocando uma variação de mais de 800% entre as duas pontas”, destaca ele.
Com a alteração da Selic, a taxa de juros mensal do cartão de crédito rotativo cai de 14,86% para 14,82%, de acordo com simulação da Anefac. No caso da utilização da modalidade em R$ 3.000 por 30 dias, o valor final dos juros é de R$ 444,60, valor R$ 1,20 inferior ao cobrado com a taxa anterior.
Já no caso do cheque especial, o uso de R$ 1.000 do limite de conta bancária por 20 dias resulta em um custo adicional de R$ 54,27, com juros mensais de 8,14%. No último ano, quando a Selic figurou em 13,75%, a taxa era de 8,18%, o equivalente a R$ 54,53 nas mesmas condições.
No caso de solicitação de crédito junto aos bancos, as taxas mensais passam de 4,13% para 4,09%. No caso de um empréstimo pessoal de R$ 5.000 parcelado em 12 meses, o valor final a ser pago cai de R$ 6.441,45 para R$ 6.426,56. Já cada uma das prestações é reduzida de R$ 536,79 para R$ 535,55.
Nas financeiras, que têm taxas mais altas, os juros recuam de 7,31% para 7,27% ao ano. O movimento resulta em um corte de R$ 9,73 no valor total pago pelo empréstimo de R$ 3.000 quitado em 12 parcelas, de R$ 4.607,64 para R$ 4.597,91, segundo cálculos da Anefac.
As aquisições no comércio também ficam um pouco menos pesadas no bolso dos que desejam parcelar os valores, com taxa mensal de 5,57% dos juros do comércio, ante cobrança de 5,61% feita anteriormente.
Com a queda, a aquisição de uma geladeira de R$ 3.000 com pagamento previsto em 12 meses recua R$ 9,32, de R$ 4.202,64 para R$ 4.193,32, com cada parcela estimada em R$ 349,44, valor R$ 0,78 mais baixo.