RECUPERAÇÃO JUDICIAL - 04/08/2023 09:28

Pedidos de recuperação judicial de empresas crescem 52,1% no primeiro semestre de 2023

Dados do Serasa Experian também revelam que houve 546 pedidos de falência de empresas, aumento de 36% na comparação com o mesmo período do ano passado
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O primeiro semestre de 2023 registrou 593 pedidos de recuperação judicial, de acordo com os dados do Serasa Experian, o que revela um crescimento de 52,1% em comparação com o mesmo período de 2022. 
Apenas 3 grandes empresas entraram com pedido nos seis primeiros meses deste ano; 23 são de médio porte e 63 micro e pequenas empresas. O setor de Serviços foi o que mais sofreu, com 261 pedidos de recuperação judicial. 

Em entrevista, o economista do Serasa Experian Luiz Rabi avaliou que estes são os piores números dos últimos três anos e que o resultado é fruto da alta inadimplência das empresas, que alcançou quase 7 milhões de companhias no mês de maio: “A inadimplência das empresas começou a subir desde meados de 2021, ali praticamente no final do primeiro semestre, de forma ininterrupta, e continua subindo desde então. 

À medida que as empresas vão acumulando uma quantidade cada vez maior de ocorrências ou registros de inadimplência, ou seja, vão deixando de pagar cada vez mais credores, chega um momento que as empresas acabam ficando praticamente na beira da insolvência por conta disso. 

Acumulam uma quantidade enorme de dívidas e não têm praticamente outra escapatória a não ser tentar um acordo na Justiça através das recuperações judiciais.”
Para os empreendedores endividados manterem as contas em dia, é necessária uma boa estratégia de renegociação com os clientes para poder diminuir os riscos de inadimplência e manter um bom relacionamento. 

Vale destacar que, também no primeiro semestre deste ano, foram registrados 546 pedidos de falência de empresas, aumento de 36% na comparação com o mesmo período do ano passado. 

O advogado especializado em direito empresarial e recuperações judiciais Filipe Denki afirma que, para abrir uma empresa hoje no Brasil, o ideal é ter um capital próprio mínimo. “Se você não tiver a opção de ter um capital próprio, como acontece com muitos brasileiros, tem que verificar e cotar em vários bancos esse capital de giro inicial que você vai utilizar para abrir uma empresa. 

O sistema de franquias pode ser interessante, porque você já tem todo o ‘know how’ que vai ser transferido do franqueador para o franqueado. Diferentemente daquele empresário que vai iniciar as suas atividades com pouca experiência, a franquia pode ajudar nesse atalho através de informações.”

Fonte: Jovem Pan
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